A redação é um dos momentos mais decisivos do Enem. Com peso igual ou superior às demais áreas do exame, ela pode definir quem conquista a vaga na universidade e quem fica de fora.
Em 2025, o modelo permanece o mesmo: escrever um texto dissertativo-argumentativo sobre um tema de relevância social, respeitando os direitos humanos e demonstrando domínio completo da escrita formal.
Avaliada com base em cinco competências, cada uma valendo até 200 pontos, que juntas totalizam 1000, a redação exige preparo e estratégia.
Entender como funciona a correção é o primeiro passo para atingir a nota máxima. Neste texto, você vai entender o que o Enem realmente avalia e o que fazer para conquistar os 200 pontos em cada competência.
O que são as 5 competências da redação do Enem
As competências da redação do Enem medem o desempenho do candidato em aspectos específicos da escrita. Elas avaliam desde o domínio da norma-padrão da língua portuguesa até a capacidade de propor soluções para o problema apresentado no tema.
Confira como funciona a distribuição dos pontos:
| Nível de Desempenho | Pontuação | Descrição resumida |
| Nível 5 | 200 pontos | Domínio completo da competência |
| Nível 4 | 160 pontos | Domínio bom, com poucos deslizes |
| Nível 3 | 120 pontos | Domínio mediano, com problemas pontuais |
| Nível 2 | 80 pontos | Domínio insuficiente |
| Nível 1 | 40 pontos | Domínio precário |
| Nível 0 | 0 pontos | Fuga ao tema, texto em branco ou anulado |
Cada competência exige atenção específica e prática constante. A seguir, entenda o que o avaliador observa em cada uma delas e como você pode se preparar.
Competência 1: domínio da língua portuguesa
Essa competência avalia se o candidato domina a norma culta da língua portuguesa. Isso inclui ortografia, acentuação, concordância verbal e nominal, regência, pontuação e uso adequado de pronomes. O corretor identifica se o texto mantém uniformidade e se evita marcas de oralidade, como gírias e abreviações.
Dica prática: leia o texto em voz alta para identificar erros de pontuação e revisar a fluidez das frases. Antes da prova, revise regras básicas de concordância e crase. Um texto sem deslizes linguísticos transmite segurança e pode garantir os 200 pontos nesta competência.
Competência 2: compreensão da proposta
Aqui, o avaliador verifica se o candidato entendeu o tema e seguiu o tipo textual exigido, o dissertativo-argumentativo. É comum perder pontos por fugir parcialmente da proposta ou por não desenvolver uma tese clara.
Para demonstrar compreensão total, é essencial ler com atenção os textos motivadores e identificar o recorte temático. Por exemplo, se o tema for “Desafios do combate à fome no Brasil”, o foco deve estar nos obstáculos e não apenas em suas causas.
Exemplo prático: tese clara e direta “O combate à fome no Brasil exige políticas públicas eficientes e campanhas de conscientização sobre o desperdício de alimentos.”
Competência 3: seleção e defesa de argumentos
A terceira competência avalia a capacidade de argumentar. O candidato precisa selecionar, organizar e relacionar informações, fatos e opiniões em defesa de seu ponto de vista. O texto deve apresentar encadeamento lógico, com parágrafos bem estruturados e argumentos que dialoguem entre si.
Evite citações desconectadas e exemplos genéricos. Mostre domínio de repertório sociocultural, como dados do IBGE, fatos históricos e referências literárias ou filosóficas.
Dica prática: monte um esboço antes de começar. Liste três argumentos principais e desenvolva cada um em um parágrafo. Essa organização evita repetições e torna o texto mais convincente.
Competência 4: coesão e coerência
A quarta competência mede a fluidez do texto. Ela avalia se há coerência entre as ideias e se os conectivos são usados corretamente para ligar parágrafos e orações. Expressões como “além disso”, “por outro lado” e “em contrapartida” ajudam a manter a progressão textual.
Evite repetir palavras ou expressões em excesso. Substitua termos recorrentes por sinônimos adequados e garanta que as transições entre os parágrafos façam sentido.
Dica prática: após escrever, leia o texto e sublinhe conectivos e pronomes. Se perceber lacunas ou repetições, substitua por expressões mais precisas.
Competência 5: proposta de intervenção
A última competência avalia a solução apresentada para o problema discutido. Essa proposta precisa ser viável, detalhada e respeitar os direitos humanos. O corretor espera que o candidato aponte quem deve agir, o que deve ser feito, como e com que objetivo.
Por exemplo: “O Ministério da Educação deve promover campanhas de incentivo à leitura nas escolas públicas, com o objetivo de ampliar o repertório sociocultural dos estudantes.”
Dica prática: evite propostas genéricas como “é preciso conscientizar a população”. Seja específico e mostre senso crítico e responsabilidade social.
Dominar as cinco competências da redação do Enem é o caminho mais seguro para alcançar a nota 1000. Cada uma exige prática, atenção aos detalhes e estratégia. O segredo está em entender o que o avaliador busca e treinar com foco em clareza, argumentação e originalidade.
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