História do aprovado: Medicina na UFPE

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Conheça a história de Samuel Asafe, um jovem pernambucano de 19 anos que passou no curso de Medicina na UFPE depois de ter saído do cursinho.

Fonte: Samuel Asafe/Instagram

Você já se perguntou se o cursinho valia a pena? Já se encontrou num dilema entre escolher cursar o que não quer ao invés de tentar conquistar o sonho e ainda achar que não tem nem capacidade para isso? Fique tranquilo, pois Samuel conta o que ele fez para sanar todas essas dúvidas e ser aprovado em 1º lugar no curso de Medicina na UFPE (mesmo sem querer!)

  • Primeiro, vamos preaquecer o forno

Tudo começou quando a coordenadora do Ensino Médio lhe disse: “agora começa o início do fim da vida escolar de vocês”.  Até então, Samuel já tinha pensado em cursar Tecnologia da Informação, Jornalismo, Rádio, TV e Internet, porém, com o passar do tempo, percebeu que não era nada disso que se via fazendo ao longo da vida. Desde pequeno, sabia que tinha o sonho de ser um profissional da saúde e de ajudar as pessoas com as próprias mãos, no entanto, esse sonho foi perdendo a força à medida que acreditava fielmente que não possuía a capacidade e a dedicação necessárias para ser aprovado no curso de Medicina:

“Eu via os vestibulandos estudando 12, 14, 15 horas por dia e passando 3, 4, 5 anos no cursinho e pensava: ‘nunca que eu vou conseguir passar, não aguento essa rotina.’”

  • O poder da terapia / Terapia além da cozinha

Nesse vai e vem de emoções, percebeu que comunicação não era sua vocação e voltou a atenção à área da saúde. Cogitou cursar Fisioterapia, Biomedicina e até Enfermagem, mas percebeu que esse último curso sofria certo preconceito dentro da comunidade da saúde e da própria população, coisa que ele não concorda e, cá entre nós, essa ideia já está bem ultrapassada mesmo. Samuel diz que acha a Enfermagem tão bela quanto a Medicina, pois ambas têm o poder de ajudar pessoas que estão precisando naquele momento. Foi nessa confusão de sentimentos que decidiu fazer terapia para se descobrir e aliviar a pressão psicológica que estava sentindo por conta da incerteza (decisão que todos deveriam fazer, hein?)

“Ali [na terapia] eu consegui resgatar aquele sonho que eu tinha desde pequeno e que eu nunca tinha aceitado. Ali, eu consegui ver o que de fato eu queria, mas que eu sempre tentei encobrir com sonhos menores. Eu digo que eu coloquei Enfermagem, coloquei Biomedicina, coloquei Fisioterapia como uma forma de fuga daquele sonho que eu tinha. […] O fato de eu não pensar e de eu não querer fazer Medicina era porque não passava pela minha cabeça que eu ia conseguir passar.”

  • Escolha o sabor que você gosta

Depois de muitas sessões e autoconhecimento, concluiu que iria tentar passar no curso de Medicina pelo ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), mas com uma condição: se passasse naquele ano (2019), cursaria; caso contrário, não iria passar anos tentando como todo mundo. Enquanto o resultado do SISU (Sistema de Seleção Unificada) não saía, Samuel foi aprovado em Biomedicina numa universidade particular e chegou a se matricular.

Para fazer mais um nó na cabeça do garoto, veio a notícia de sua reprovação no SISU e ele se encontrou em mais uma dúvida: cursar Biomedicina na particular ou tentar Medicina na federal mais uma vez? A resposta foi obtida através (adivinha…) das sessões de terapia (quem poderia imaginar?), onde ele pôde visualizar todos aqueles médicos especializados, com suas carreiras solidificadas e concluiu:

“Quanta gente não desistiu na primeira reprovação? Quanta gente precisou tentar mais uma vez?”

  • O forninho quase caiu…

Em 2020, prestou o ENEM novamente, só que, desta vez, com outra tática de guerra. Trancou a matrícula em Biomedicina e, até a metade do ano, fez cursinho preparatório. Samuel ia para as aulas às 7h e, às vezes, voltava às 22h para casa. Com essa rotina cansativa, chegou a perder a visão lateral por conta de uma crise de ansiedade, atrelada à pressão de não se sentir suficientemente capaz de ser aprovado. Não siga essa parte do exemplo, pois, acima de tudo, você precisa prezar pela sua saúde mental, reconhecer os seus limites e não tentar ultrapassá-los caso isso vá te prejudicar. Combinado?

  • Solando e aprendendo

Depois desse incidente com a ansiedade, Samuel decidiu, com ajuda de um método que encontrou na Internet, que não iria mais estudar por aulas e, sim, por resolução de questões. Saiu do cursinho, (sim, isso mesmo que você leu), e logo na primeira semana notou a diferença: num dia, tinha errado uma questão e foi atrás da resolução; dias depois, se deparou com outra questão sobre o mesmo assunto e não encontrou dificuldade em resolvê-la.

Ele imprimia provas anteriores, tanto do ENEM, quanto de outros vestibulares, como FUVEST, Unicamp, UERJ, UFRGS, entre outros e resolvia todos os dias, exceto domingo, separando, óbvio, turnos para seu lazer (até porque ninguém é de ferro). Samuel conta que foram mais de 11 mil questões resolvidas ao longo de 2020 e que essa estratégia foi crucial para sua tranquilidade e confiança no dia da prova. Com esse método, ele pôde medir sua agilidade na resolução das questões, quanto tempo levava em cada uma, quais os assuntos ele já dominava e quais precisava de uma revisão.

“São nas questões que a gente erra que está a nossa verdadeira aprendizagem, porque se eu ‘tô’ errando aquilo ali é porque, de fato, é um assunto que eu não sei e que eu preciso aprender. […] Eu assistia sim algumas aulas, daqueles assuntos que eu ‘tava’ errando. Então, se eu via um assunto que eu ‘tava’ errando nas provas, que em toda prova que caía eu ‘tava’ errando, então eu preciso assistir essa aula, eu preciso voltar para a teoria. […] Eu digo que foi uma forma de estudo que não me gerou ansiedade e que é muito leve de você levar.”

  • O bolo do sucesso

Outra coisa que o ajudou a manter a calma foi um bolo. Samuel diz que, em momentos em que estava sobrecarregado ou ansioso, fazia essa receita para acalmar os ânimos e recuperar a paz de espírito.

“Tem uma receita de bolo que até hoje eu faço, gostava muito de fazer para realmente descontrair. Quando eu dizia: ‘não, agora está no meu intervalo e eu vou fazer alguma coisa’.”

  • Encarar o bolo pelo vidro não vai fazer assá-lo mais rápido

O grande dia havia chegado: o dia do ENEM. No primeiro dia da prova, quando se deparou com o tema da redação, Samuel conta que teve um início de crise de ansiedade, algo comum aos candidatos sob o nervosismo, pois percebeu que tinha muito o que falar sobre o tema e achou que podia se perder à medida que ia escrevendo e acabar zerando a redação (quem nunca, né?). Já no segundo dia de prova, ele diz que foi mais tranquilo, justamente devido a sua rotina de treino à base de questões.

“Saiu o gabarito, corrigi e vi que tinha ido relativamente bem, mas aquilo que ainda deixava um medo dentro de mim era a redação. Eu olhava e dizia: ‘eu fui bem nas provas, mas eu devo ter ido mal na redação e não vou conseguir passar.’”

  • Aprovação em medicina na UFPE fresquinha saindo do forno!

Narrador: “ele conseguiu passar em medicina na UFPE!”. Assim que saiu o resultado do SISU com sua aprovação, Samuel viu que tinha valido a pena ter mudado seu método de estudo, largado Biomedicina e ter tentado mais um ano.

Fonte: G1¹

“Eu só consegui ser grato. No momento em que eu vi o resultado, eu só consegui sentir gratidão por tudo isso que eu tinha feito, por tudo isso que eu tinha passado e por ter perseverado, ‘né’, por não ter desistido desse sonho. […] Era algo que eu não esperava, nunca estudei para passar em primeiro lugar, eu sempre estudei para passar em último lugar, só queria passar.”

Atualmente, ele está feliz da vida, matriculado em medicina na UFPE e vivendo o sonho de estar cursando medicina. Ufa! Foi uma jornada e tanto, não? Pudemos aprender com a história de Samuel que seguir nossos sonhos com dedicação e disciplina, além de respeitar os próprios limites é sempre o melhor caminho. Portanto, respira… Se tiver condições de ter acompanhamento profissional para cuidar de sua saúde mental, não pense duas vezes e continue estudando. Fica tranquilo, pequeno gafanhoto, acompanhe nosso portal e redes sociais e continue aprendendo sobre essa jornada tão árdua, porém recompensadora, até a aprovação. Acredite em você do mesmo jeito que nós acreditamos.

Confira o vídeo na íntegra da aprovação em medicina na UFPE:

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