História do aprovado: Medicina na UFSM

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Conheça a história de João Osmar, gaúcho de 20 anos aprovado em 1º lugar no curso de Medicina na UFSM e que sonhava em ser piloto de avião.

Fonte: João Osmar/Instagram

Durante a sua preparação, o que você faz no tempo livre? Você ao menos reserva um tempo para o ócio? Se sua resposta foi “não”, aperte os cintos e se liga no que João tem a nos revelar sobre como seu momento de lazer foi essencial para manter o ritmo e qualidade nos estudos.

  • Atenção, senhores passageiros!

Digamos que João é um menino muito sonhador. Como todo mundo, já pensou em um milhão de coisas até decidir de fato em que curso iria se formar. Devido à sua paixão por tudo que tenha um motor, ele já sonhou em fazer Engenharia Aeroespacial e até ser piloto de avião, acredita? Mas João não reforçou esse sonho, pois ponderou sobre suas questões financeiras e, você sabe… Então, como ama a matemática, decidiu, no seu último ENEM do Ensino Médio, cursar Engenharia Elétrica. Passou, foi cursar, porém, já no seu primeiro ano de faculdade, percebeu que não estava se identificando com o curso e se inscreveu novamente no ENEM para tentar o curso de Medicina na UFSM, que é o certo, né?

“A partir de testes de aptidão que fiz, apareceu Engenharia e Medicina. […] No decorrer do curso de Engenharia, uma das coisas que mais me incomodava era que, no futuro, o contato com o próximo não era tão direto quanto num curso da área da saúde, como Medicina. […] Então, ao longo da Engenharia, eu fui alimentando esse desejo que lá atrás tinha aparecido de forma sutil, até que chegou num ponto em que eu falei: ‘não, eu vou parar Engenharia e vou focar para Medicina.’”

  • Próxima parada: cursinho

O ano era 2019 e João estava cursando engenharia. Como se já não bastasse a rotina, surgiu um imprevisto: ele foi convocado para servir ao exército logo em janeiro! Posteriormente, no mês de abril, se matriculou no cursinho. Antes universitário e, agora, voltando a estudar para o vestibular, Luiz conta que existe aquele momento cheio de tensão: “e se eu não passar esse ano? Será que vou conseguir ano que vem?”. Com toda essa correria e ansiedade, seu resultado no ENEM daquele ano não foi o ideal, porém isso não foi suficiente para fazer João desistir. Sendo assim, em 2020, após ter finalizado sua missão no exército, ele voltou para sua cidade natal e focou somente no cursinho.

  • Freios? Para quê?

Devido ao isolamento pela pandemia, João estudou através de aulas EAD e exercícios. Ele conta que a melhor forma de manter o ritmo de estudos mesmo com o mundo em puro caos é a determinação. Uma vez que você tem um objetivo em mente, nada nem ninguém pode te parar. Claro que haverão momentos em que o cansaço fala mais alto ou que você vai acordar desanimado e sem vontade de estudar, por isso a importância de possuir uma rotina equilibrada, intercalando estudos e tempo livre para descanso.

Fonte: Diário Santa Maria¹

“Uma coisa que usei muito na minha preparação foram os exercícios, pois, além de te darem aquela preparação, também te davam um feedback para saber se eu ‘tava’ ou não compreendendo os conteúdos. […] Querendo ou não, todo mundo que tá aí se preparando para o vestibular sabe o que é isso, o cansaço, às vezes até desmotivação… Mas, uma das coisas que eu considero muito importante é não frear. Mesmo estando desmotivado, a gente tem que continuar perseverando nessa caminhada.”

Além disso, João diz que, de 15 em 15 dias, reservava um domingo para fazer simulado. Chegando perto da prova, mais ou menos 2 meses antes, ele intensificou ainda mais os estudos com materiais extras e, claro, sem deixar de lado o seu dia de descanso.

  • A importância dos co-pilotos

Como todo piloto de avião, o vestibulando de Medicina possui seus companheiros de viagem. Seja a família, os amigos, ou até mesmo um pet, ter alguém com quem contar para te lembrar que é um ser social e jogar conversa fora é imprescindível. João conta que, no planejamento de sua rotina de estudos, ressaltava separar o fim de semana para descanso, seja para hobbies ou passar um tempo com os amigos. Até uma música nosso garoto conseguiu escrever em seu tempo livre.

“No momento que você está cercado de boas pessoas e bons amigos, eles vão compreender que você está tendo que focar e estudar, mas também não precisa privar-se 100% de ter essa relação. Claro, agora na pandemia estamos em isolamento, mas eu e meu grupo de amigos, uma vez ou outra, fazíamos chamada de vídeo para poder dar umas risadas e bater um papo. Depois disso, você volta para a outra semana com muito mais empenho. Estudar, sim, é muito importante, mas também não podemos deixar de fazer aquilo que nos faz bem. […] Ver que minha família estava me apoiando e me dando confiança, me dava forças de pensar que eu não estava estudando só por mim, mas por eles também.”

  • Desembarque no ENEM e no SISU

A preocupação pós-prova é comum a todos os estudantes. “Será que não faltou nada na redação?” ou “será que caí em pegadinhas?” são dúvidas que assolam a mente da maioria e que, em boa parte dos casos, é somente nosso cérebro querendo pregar uma peça na gente. João diz que, assim que terminou a prova, foi conferir suas respostas com um gabarito extraoficial e conta que obteve um bom número de acertos.

“Às vezes, o gabarito extraoficial acaba deixando a gente mais tenso do que tudo. […] Mesmo estando com medo, a gente não deve se preocupar tanto com a concorrência. A gente deve se preocupar com o nosso avanço, porque é a partir do nosso avanço que a gente vai chegar na prova e responder a questão, não vai ser pensando no concorrente. Na verdade, depois que você for aprovado, você vai ser colega de quem você estava ‘concorrendo’. Nada mais gratificante do que lutar e avançar pelo seu conhecimento.”

Com esse pensamento, João conseguiu realizar uma boa prova e tirar um notão! Devido a isso, ele conta que, durante o SISU, ficou bem tranquilo apesar das notas de corte variarem muito. Com um cardápio inteiro à sua disposição, era a hora de escolher a universidade onde iria ficar por tantos anos. Pesando fatores pessoais, decidiu ficar na universidade mais próxima à cidade em que mora, ou seja, em medicina na UFSM.

  • A 3ª classe não tem os mesmos privilégios que a 1ª

Olhando assim parece fácil, mas todos sabemos que não é. Além dos picos de ansiedade e das tias perguntando se agora vai, também há o fator da posição social que você ocupa. No caso de João, por ser negro, ele afirma que sabe que é uma exceção entre a maioria, que nem todos possuem as mesmas oportunidades que ele e que cada um tem suas próprias lutas diárias.

Relato da sua aprovação em medicina na UFSM:

“O negro sempre foi marginalizado na história do Brasil e até do mundo, então, para mim, ter atingido esse 1º lugar, em medicina na UFSM, como negro foi uma alegria ainda maior. Eu sou totalmente favorável às cotas, acredito que elas são sim importantes. Sendo filho de professores, eu sempre estudei em escola particular, então eu sempre fui o único [negro] da minha sala, sempre fui o único dentro do cursinho, até mesmo na faculdade. Com o sistema de cotas, eu era o único, e agora eu sou um dos poucos. […] Esses são fatores que eu não posso fechar meus olhos e dizer: ‘eu passei em ampla concorrência, sou negro, venci todos’… Não, eu era uma exceção entre os negros, eu não sou maioria e eu tenho consciência disso.”

Com esse pensamento incrível, ele participa de todo o coração de um projeto da faculdade dando aula de matemática, com o objetivo de levar educação de qualidade de forma gratuita a grupos minoritários que almejam a aprovação no ENEM como ele.

A partir dessa visão de mundo, podemos dizer que essa aprovação foi mais do que merecida, né? Como diz João, devemos prezar por nosso crescimento pessoal, no lugar de tentar levar como referência o caminho do outro. Podemos sim nos inspirar em alguém para nos motivar a alcançar certo objetivo, mas a trajetória, os métodos, a base e as oportunidades são totalmente distintas. O importante é acreditar em si, somente. Portanto, prepare-se para decolar…

 

Confira o vídeo na íntegra de aprovação em medicina na UFSM:

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