A esporotricose ou doença do jardineiro, como é conhecida popularmente, é uma micose causada pelo fungo Sporothrix sp. que pode atingir tanto pessoas quanto animais. Originalmente, a doença foi observada em pessoas que trabalhavam com plantas e terra, como jardineiros, marceneiros ou lavradores. As rosas, por exemplo, podem disseminar o fungo, tornando o contato com elas um fator de risco.
Em humanos, costuma começar com um pequeno caroço avermelhado na pele, que pode evoluir para feridas que não cicatrizam. Nos casos mais graves, o fungo pode chegar ao pulmão e provocar tosse, febre, dor ao respirar e até falta de ar.
Essa doença é considerada uma zoonose, já que também pode ser transmitida de animais para humanos, principalmente por meio de arranhões ou mordidas de gatos infectados, em especial os que vivem na rua.
Por isso, se houver suspeita de contaminação, é fundamental procurar um médico. O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos, geralmente por até 6 meses, mas pode variar conforme cada caso.
Sintomas de esporotricose
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As lesões ulceradas na pele são o principal sinal da esporotricose. (Fonte: Shutterstock)
Os sintomas mais comuns da esporotricose na pele são:
- Pequeno caroço avermelhado, parecido com uma picada de mosquito;
- Feridas que liberam pus;
- Lesões que aumentam de tamanho ao longo das semanas;
- Feridas que não cicatrizam.
Em situações mais graves, o fungo pode atingir os pulmões, causando febre, tosse, dor ao respirar e dificuldade para respirar. Além disso, se o tratamento não for feito corretamente, a infecção pode se espalhar para articulações e ossos, gerando inchaço e dor ao movimentar os membros.
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Como é feito o diagnóstico da esporotricose
O diagnóstico deve ser feito por um médico infectologista ou dermatologista. Normalmente, o especialista solicita uma biópsia de pele para confirmar a presença do fungo.
Se a infecção estiver em outra parte do corpo, também podem ser necessários exames de sangue ou análises microbiológicas da lesão.
Causas da esporotricose
A doença é provocada por fungos do gênero Sporothrix. Antes se acreditava que apenas a espécie Sporothrix schenckii causava a infecção, mas hoje já se sabe que o Sporothrix brasiliensis, bastante comum em gatos, também pode ser transmitido para os seres humanos.
Sintomas de esporotricose
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Tipos de Esporotricose. Imagem – Infectologia: Bases Clínicas e Tratamento/Reinaldo Salomão.
Esporotricose cutânea fixa: caracteriza-se por lesão única ou lesões múltiplas, localizadas no local da inoculação ou disseminadas em mais de uma região do corpo.
Esporotricose linfocutânea: é a forma clínica mais frequente. São formados pequenos nódulos, localizados na camada da pele mais profunda, seguindo o trajeto do sistema linfático da região corporal afetada. A lesão localiza-se preferencialmente nos membros;
Esporotricose extracutânea: nesta forma clínica, a doença acomete outros locais do corpo, como ossos, articulações, mucosas, entre outros;
Tratamento da esporotricose
O tratamento é feito com antifúngicos por um período que pode variar de 3 a 6 meses. Nos casos mais graves, quando outros órgãos são afetados, o médico pode indicar medicamentos mais fortes que podem ser usados por até 1 ano.
É importante seguir corretamente as orientações médicas e não interromper o tratamento antes da hora, mesmo que os sintomas melhorem. Parar o uso dos remédios sem autorização pode deixar o fungo mais resistente e tornar a doença ainda mais difícil de tratar.
Se você teve contato com um gato de rua e percebeu lesões estranhas na pele, procure atendimento médico o quanto antes. O diagnóstico precoce e o tratamento correto são essenciais para evitar complicações.













