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Estudantes lançam abaixo-assinado contra mudanças no Sisu

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Jovens afirmam que nova regra do MEC, que permite uso das notas do Enem de até três anos anteriores, aumenta a desigualdade no acesso ao ensino superior.

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Estudantes de várias regiões do país lançaram um abaixo-assinado contra as mudanças anunciadas pelo Ministério da Educação (MEC) para o Sisu 2026. A proposta, que permite o uso das notas das três últimas edições do Enem (2023, 2024 e 2025) nos processos seletivos, gerou forte reação entre os jovens.

Até o momento, o movimento já reúne milhares de assinaturas em plataformas digitais e defende a revogação da medida, argumentando que ela favorece estudantes com mais recursos e amplia as desigualdades no acesso às universidades públicas.

Segundo o texto da petição, a regra é considerada “injusta e elitista”, pois cria vantagem para quem pôde realizar o exame várias vezes e se preparar com mais estrutura. Já os candidatos que dependem de uma única tentativa muitas vezes estudantes de escolas públicas ou de baixa renda seriam diretamente prejudicados.

Portaria com as mudanças do Sisu 2026

De acordo com a portaria publicada recentemente pelo Ministério da Educação, o Sisu 2026 passará a aceitar notas obtidas nas três últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na prática, o candidato poderá escolher a melhor nota entre as provas de 2023, 2024 ou 2025 para disputar uma vaga no ensino superior público.

Até a edição de 2025, o Sisu considerava apenas a nota do Enem mais recente, garantindo que todos os inscritos competissem com base no mesmo exame. A nova regra representa, portanto, uma mudança estrutural no modelo de seleção unificada e tem sido apresentada pelo MEC como uma forma de ampliar as oportunidades de ingresso no ensino superior.

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No texto do abaixo-assinado, os organizadores afirmam que a medida “aumenta a desigualdade e compromete o princípio da igualdade de oportunidades”. Para os estudantes, permitir o uso de notas antigas cria um cenário desigual, já que quem tem acesso a cursinhos ou condições de repetir o exame várias vezes poderá alcançar médias mais altas, enquanto outros terão apenas uma chance.

O Enem sempre foi um instrumento de democratização do acesso à universidade pública. Alterar essa base é um retrocesso”, diz um trecho da petição. Grupos estudantis e coletivos de pré-vestibulares populares também se manifestaram contra a proposta. Em nota, a União Nacional dos Estudantes (UNE) afirmou que “a regra enfraquece a equidade do processo seletivo e prioriza quem tem mais oportunidades de preparo”.

Posição do MEC

Em resposta às críticas, o Ministério da Educação defendeu a mudança, afirmando que a nova política busca “ampliar o aproveitamento das notas do Enem e oferecer mais oportunidades aos candidatos”. Segundo a pasta, muitos estudantes acabam não ingressando no ensino superior por motivos pessoais, mesmo após terem alcançado boas notas em edições anteriores, e o novo formato permitirá o uso desses resultados válidos.

Até o momento, o MEC não se manifestou oficialmente sobre o abaixo-assinado, e não há confirmação de que o documento tenha sido protocolado junto ao ministério ou ao Congresso Nacional.

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