A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) divulgou, nesta segunda-feira (24), um comunicado em que cobra a resolução urgente dos concursos para obtenção do grau de consultor, que estão paralisados desde 2021. Segundo a entidade, a demora excessiva na finalização desses processos têm impacto direto na carreira de milhares de médicos, prejudicando seu desenvolvimento profissional e agravando a desmotivação entre os clínicos que atuam no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Além disso, a federação alerta que a falta de progressão na carreira pode contribuir para o aumento da saída de médicos do setor público.
De acordo com a FNAM, a conclusão dos concursos dos anos de 2021 e 2023 é essencial para que os médicos possam progredir em suas carreiras, passando da categoria de assistente para assistente graduado. Essa promoção garante aos profissionais maior autonomia na tomada de decisões clínicas, ampliação de responsabilidades e melhores condições de trabalho, fatores que são fundamentais para a retenção de especialistas no SNS.
A federação também chama a atenção para o fato de que quatro especialidades seguem aguardando a finalização dos trabalhos dos júris desde o concurso de 2021. As áreas que ainda não tiveram seus concursos concluídos são cirurgia torácica, medicina interna, radiologia e neonatologia, todas essenciais para o funcionamento adequado dos serviços hospitalares.
Concursos médicos paralisados
Cirurgia Torácica: Processo paralisado há 2 meses.
Medicina Interna: Em espera há mais de 1 ano.
Neonatologia: Sem avanços há mais de 19 meses.
Radiologia: Congelado há mais de 1 ano.
Além da demora na conclusão dos concursos de 2021, a FNAM destaca que o andamento do concurso de 2023, sob a responsabilidade do Ministério da Saúde e da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), não apresentou os avanços esperados.
Em 11 de março, a FNAM encaminhou um ofício à ACSS, uma vez que a constituição dos júris ainda não foi divulgada. O concurso foi lançado há um ano e três meses, mas, desde então, todos os procedimentos estão congelados, gerando incerteza entre os médicos que aguardam a progressão na carreira.
A FNAM reafirma que os médicos especialistas, independentemente da sua subespecialização, devem ser valorizados e poder progredir na carreira de forma a que reforcem, e não abandonem, o SNS.
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