O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (10), que vai ofertar 3.500 bolsas para ampliar o número de profissionais especialistas no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, que tem como objetivo atender as regiões mais desassistidas do país, faz parte do programa Agora Tem Especialistas, que é voltado à redução do tempo de espera por consultas, exames e cirurgias. O anúncio foi feito durante uma coletiva na sede da Pasta, em Brasília.
Do total de vagas, 3 mil são para incentivar a formação de residentes especialistas e 500 são para preenchimento imediato de médicos especialistas no SUS. A seleção desses 500 profissionais será feita em um edital inédito do Mais Médicos Especialistas. Além disso, os selecionados contarão com bolsas de educação no valor de 10 mil reais por mês para carga horária de 20h semanais. A previsão é que as atividades comecem em setembro.
Já a oferta de 3 mil novas bolsas de residência médica será destinada a profissionais que buscam essa qualificação. Nesse caso, a formação segue o cronograma da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), com a avaliação dos programas e o início das atividades em março de 2026.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da residência médica como instrumento para levar especialistas às regiões mais necessitadas do país. “O foco é fortalecer a Residência Médica, que considero o padrão-ouro na formação de especialistas. Ao mesmo tempo, vamos buscar novas alternativas para que esses profissionais cheguem aonde a população mais precisa, onde o SUS mais precisa”, afirmou.

Regiões prioritárias
A prioridade de distribuição das bolsas será para a Amazônia Legal, o Nordeste e as regiões com número de especialistas abaixo da média nacional. Além disso, o Ministério da Saúde ainda poderá disponibilizar bolsas para novos programas e para programas já existentes. Porém, para isso é necessário que a instituição amplie o número de bolsas ofertadas.
A pasta também vai destinar até R$ 200 mil para as Comissões Estaduais de Residência Médica a fim de garantir a qualidade dos programas de residência. Além disso, o Ministério apoiará financeiramente coordenadores e preceptores de programas novos e ampliados com foco inicial em Anestesiologia, Patologia e Radioterapia.
Esses anúncios são uma resposta da pasta ao estudo da Demografia Médica no Brasil 2025, que revelou desigualdades na distribuição de médicos especialistas pelo país.
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