Autismo, entenda os principais nuances desse espectro

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O transtorno do espectro autista (TEA), o autismo, reúne diferentes condições marcadas por alterações no desenvolvimento neurológico relacionadas a dificuldades de relacionamento social.

De acordo com o Ministério da Saúde, os sinais de impactos no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, com o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. Além disso, a prevalência do distúrbio é maior entre indivíduos do sexo masculino.

O nome de “espectro” é utilizado para englobar situações e apresentações muito diferentes da condição, que vão de níveis leves a graves. Entre os sinais estão dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

Hoje em dia, esses espectros e condições são classificados através do CID, uma categorização internacional de “doenças”.

Entendendo o CID

A criação da CID foi uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1893. Antes disso, o catálogo de doenças possuía um outro nome… era chamado de Lista Internacional das Causas de Morte.

De acordo com a Academia Médica, semanalmente na Inglaterra do Séc.XVI era apresentado as causas de morte em Londres. Isso se deu até o final do século quando Florence Nightingale, chefe e treinadora de enfermeiras durante a Guerra da Crimeia, destacou a importância da coleta de dados estatísticos das doenças. Na mesma época, o estatístico francês Jacques Bertillon criou a Lista Internacional das Causas de Morte. Em 1948 a lista passou a ser responsabilidade da Organização Mundial da Saúde e passou a se chamar Classificação Internacional de Doenças.

Visão profissional

Especialistas em saúde mental e infantil alertam que a identificação de atrasos no desenvolvimento bem como o diagnóstico oportuno permitem a realização de intervenções comportamentais e apoio educacional de maneira precoce, levando a melhorias na qualidade de vida a longo prazo.

As causas do transtorno do espectro autista ainda permanecem desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas uma interação de fatores genéticos e ambientais. O assunto foi amplamente discutido por especialistas de diferentes áreas no programa CNN Sinais Vitais, apresentado pelo cardiologista Roberto Kalil.

Diferentes tipos de autismo

As manifestações clínicas permitem a classificação do TEA em diferentes categorias.

O chamado “autismo clássico” conta com graus de comprometimento que variam entre as pessoas. De maneira geral, os indivíduos tendem a se voltar para si mesmos, deixando de estabelecer contato visual com as pessoas ou com o ambiente. Embora consigam falar, podem não utilizar a fala como ferramenta de comunicação.

Nessa forma de autismo, as pessoas podem entender enunciados simples, mas apresentam dificuldades para compreensão. Por se apegarem ao sentido literal das palavras, não compreendem metáforas e nem contextos de duplo sentido.

Nas formas mais graves do autismo clássico, há uma ausência completa de qualquer contato interpessoal. Sendo crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos e repetem movimentos.

Outra categoria é o autismo de alto desempenho, chamado anteriormente de síndrome de Asperger. Os indivíduos apresentam dificuldades semelhantes às outras formas de autismo, mas numa medida bem reduzida.

Apesar das dificuldades para interagir socialmente, compreender e expressar emoções, as pessoas com a forma mais leve de autismo conseguem se expressar verbalmente e desempenhar papeis que requerem concentração, especialmente pelo foco exagerado em um assunto específico, característica comum associada a esse espectro.

Há ainda o “distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação“, que inclui indivíduos considerados dentro do espectro do autismo, com dificuldade de comunicação e de interação social, mas com sintomas insuficientes para inclusão em outras categorias do transtorno.

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Tratamento no SUS

O acolhimento e cuidado de necessidades específicas de pessoas com transtornos do espectro autista permitem a melhora no aprendizado e na qualidade de vida.  Sendo tratado pelo SUS, os profissionais de saúde podem avaliar e, se preciso, encaminhar o tratamento para ambulatórios e centros especializados, de acordo com as necessidades específicas de cada caso.

O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com 274 centros especializados em reabilitação e 47 oficinas ortopédicas em todos os estados e no Distrito Federal, além de 237 serviços de reabilitação com uma única modalidade.

O site Mapa da Saúde Mental permite a consulta de locais que oferecem atendimento psicológico gratuito, voluntário ou com preços acessíveis no país.

Apoio estadual

Além disso, no Brasil tambem existe em cada um dos 27 estados, programas que buscam ajudar familias com integrantes com transtorno autista, o “Cadastro Transtorno do Espectro do Autismo – TEA” que tem por objetivo identificar e conhecer a realidade das Pessoas com TEA no Estado do Paraná. As informações contidas no Cadastro auxiliarão a Secretaria de Estado da Saúde nas ações de atenção e cuidados a esta população.

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