Pela primeira vez na história do Brasil, as mulheres alcançaram uma média de escolaridade superior à dos homens. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgados pelo IBGE, em 2024 a média de anos de estudo entre as brasileiras nessa faixa etária chegou a 10,3 anos, enquanto entre os homens ficou em 9,9.
Embora a diferença pareça pequena, ela confirma uma tendência que já se desenhava nas últimas décadas: elas vêm estudando mais, por mais tempo e isso está mudando o panorama educacional do país.
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Mais do que média: conclusão do ensino básico também é destaque
Além da média de anos de estudo, as mulheres também lideram na taxa de conclusão da educação básica obrigatória. Segundo o levantamento, 57,8% das brasileiras com 25 anos ou mais concluíram o ensino médio, índice superior ao dos homens, que ficou em 54,0%.
Essa ultrapassagem, ainda que recente, reforça o protagonismo feminino na busca por qualificação. Enquanto o número de mulheres que encerra esse ciclo cresce ano após ano, os homens avançam em ritmo mais lento, o que amplia a diferença entre os gêneros.
Mudança histórica impulsionada por acesso e mercado de trabalho
O avanço das mulheres reflete uma série de transformações sociais, como a ampliação do acesso à escola, a criação de políticas públicas voltadas à permanência feminina no ensino e, sobretudo, a maior participação das mulheres no mercado de trabalho formal.
À medida que as exigências profissionais aumentam, elas se adaptam, investem em qualificação e garantem seu espaço. Esse movimento contrasta com o passado, quando a escolarização era privilégio masculino e aponta para um futuro em que a equidade de oportunidades pode, enfim, se tornar realidade.
