A Associação Paulista de Medicina (APM) e o Grupo Educacional Primum lançaram um programa de capacitação para médicos generalistas. A finalidade de contrapor a estatística de que 72% dos médicos recém-formados no Brasil não se sentem preparados para emergências graves.
Chamado de Programa de Educação para o Médico Generalista do Estado de São Paulo (PROGESP) irá ficar na formação e capacitação de especialistas que atuam diretamente em Unidades Básicas de Saúde (UBS), Prontos Atendimentos (PA) e Organizações Sociais (OS).
Segundo o presidente da APM, Antônio José Gonçalves, a proposta busca suprir uma deficiência importante na qualificação médica no Brasil. “Nossas metas com o IESAPM são aprimorar a capacitação dos médicos e fortalecer as entidades de especialidades e a titulação de especialista”, declarou Gonçalves, destacando que os cursos de pós-graduação oferecidos são voltados ao aperfeiçoamento e não substituem a Residência Médica nem as certificações concedidas pelas sociedades especializadas.
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Com o objetivo de oferecer uma formação mais robusta a profissionais da linha de frente da saúde, o Instituto de Ensino Superior da Associação Paulista de Medicina (IESAPM) lança o PROGESP, um programa voltado à qualificação de médicos generalistas que atuam em serviços de urgência e emergência.
A proposta educacional do curso é sustentada por dois eixos principais: a análise de situações clínicas inspiradas em casos reais e o uso de simulações de alta fidelidade apoiadas por tecnologias digitais avançadas.
Fernando Tallo, responsável pela direção do IESAPM, destaca que a iniciativa surgiu da necessidade de apoiar médicos que atuam frequentemente sem orientação técnica sistematizada ou vínculo com entidades representativas. “Mapeamos os principais desafios enfrentados no cotidiano dos prontos-socorros, organizamos o conteúdo em 18 módulos e articulamos parcerias com diversas sociedades médicas para desenvolver uma estrutura didática consistente”, afirma.
Com duração de um ano e meio, o curso será conduzido em formato presencial, com encontros mensais na capital paulista. A maior parte da carga horária — cerca de 80% — será dedicada à prática em ambientes que simulam situações clínicas complexas, com o apoio de ferramentas de realidade virtual e outros recursos interativos.
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