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SUS vai oferecer cirurgia robótica no tratamento do câncer de próstata

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Decisão da Conitec amplia o acesso a tecnologia de ponta e visa diminuir complicações e acelerar a recuperação de pacientes com câncer de próstata.

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A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) aprovou, em sua última reunião realizada na sexta-feira (8/8), a inclusão da cirurgia robótica no tratamento do câncer de próstata oferecido pela rede pública de saúde.

O câncer de próstata é o segundo tipo mais frequente entre os homens no Brasil, com cerca de 29% dos novos casos anuais, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Esse dado reforça a importância da prostatectomia radical, cirurgia que consiste na remoção completa da próstata, sendo essencial para o tratamento eficaz de tumores localmente avançados.

A inclusão da cirurgia robótica no SUS representa um avanço significativo para ampliar o acesso a técnicas modernas que podem melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes.

A prostatectomia radical, remoção total da glândula prostática, é um procedimento fundamental para casos de tumores localmente avançados. A incorporação dessa técnica moderna representa um passo significativo na ampliação das opções cirúrgicas disponíveis no Sistema Único de Saúde.

Controle da doença e preservação da qualidade de vida

Na análise, foram consideradas evidências científicas que comprovaram a segurança, a eficiência e a viabilidade econômica do método. Embora o investimento para disponibilizar equipamentos de alta tecnologia nos hospitais públicos seja elevado, a Conitec concluiu que o retorno é compensador.

Pacientes submetidos à cirurgia robótica tendem a manter mais anos de vida produtiva e necessitam de menos acompanhamento médico após o tratamento, reduzindo a sobrecarga do sistema.

A introdução da prostatectomia radical robótica nos hospitais públicos permitirá padronizar e elevar a qualidade dos procedimentos realizados, favorecendo não apenas a atração e retenção de profissionais altamente qualificados no sistema público, mas também o aproveitamento máximo da infraestrutura hospitalar existente, gerando economia indireta para o SUS”, afirma o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

Vale lembrar que, em maio, o procedimento havia sido submetido à consulta pública com parecer inicial desfavorável. No entanto, novas pesquisas clínicas apresentadas, evidenciando a economia gerada pela tecnologia, convenceram os membros do conselho a reverter a decisão.

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Benefícios clínicos e financeiros

Dados de estudos internacionais mostram que a cirurgia robótica proporciona taxas mais baixas de complicações, menor necessidade de transfusões sanguíneas e recuperação mais rápida quando comparada às cirurgias convencionais. Em unidades de alta demanda, a técnica pode contribuir para a redução das filas de espera e para a diminuição dos custos a longo prazo.

Para evitar o aumento excessivo das despesas, a Conitec recomendou que a realização do procedimento seja concentrada em hospitais com grande volume de casos. Essa estratégia, já adotada em outros países, permite otimizar recursos, garantir equipes mais experientes e melhorar o aproveitamento das plataformas robóticas disponíveis.

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