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Brasil entra para livro dos recordes com cirurgia robótica

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Paraná bate recorde em telecirurgia robótica: cirurgia entre Curitiba e Kuwait, a 13 mil km, certificada pelo Guinness World Records.

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O Brasil entrou para a história da medicina ao realizar a maior telecirurgia em distância já registrada. Equipes do Hospital da Cruz Vermelha, em Curitiba, e do Hospital Jaber Surgery, no Kuwait, separadas por mais de 13 mil quilômetros, conectaram-se em tempo real e realizaram uma cirurgia de hérnia inguinal. O procedimento entrou para o Guinness World Records como a telecirurgia robótica realizada na maior distância geográfica já registrada.

A cirurgia ocorreu a partir do robô cirúrgico MP1000, da Edge Medical, um dos mais avançados do mundo, acompanhado de duas equipes de cirurgiões, no Brasil e no Kwait, para garantir a qualidade, precisão e sucesso da cirurgia. O paciente estava internado para retirada de uma hérnia inguinal.

Após consulta, o Guinness World Records confirmou que esta operação alcançou a maior distância geográfica já registrada. O novo marco supera o recorde anterior, de pouco mais de 12 mil quilômetros, entre Casablanca (Marrocos) e Xangai (China).

Durante o procedimento, foi utilizado um sistema de decodificação de sinais de alta fidelidade, essencial para a comunicação remota. De acordo com a Secretaria de Comunicação do Paraná, “a Ligga Telecom foi responsável por viabilizar a conectividade nacional entre o hospital e o data center em São Paulo, garantindo estabilidade e ultra baixa latência”.

Cirurgia histórica

A telecirurgia reduz deslocamentos, diminui custos indiretos e abre espaço para programas de capacitação com impacto regional. Foto: Marcelo Andrade

A equipe integrou cirurgia, engenharia e telecomunicações para viabilizar a operação. Em Curitiba, o Dr. Marcelo Loureiro, coordenador da equipe cirúrgica, acompanhou o paciente, preparou o campo operatório e garantiu a assistência à beira do leito.

“Hoje mostramos que é possível realizar cirurgias complexas à distância, com total segurança, eficiência e qualidade. Essa tecnologia permite que profissionais qualificados atendam pacientes em qualquer lugar do planeta, promovendo maior acesso e equidade na saúde”, afirma.

Enquanto isso, a equipe local no Hospital Jaber operou no console e controlou, em tempo real, os braços do robô instalado no Brasil. Os times atuaram de forma sincronizada para manter segurança clínica e precisão técnica. O MP1000 traduziu os movimentos do cirurgião em micromovimentos no campo operatório, com imagem em alta definição e ampliação óptica.

A plataforma filtrou tremores, aumentou a precisão e melhorou a ergonomia do gesto cirúrgico. Já a infraestrutura de conectividade usou fibra óptica de alta capacidade, redundância de rede e canais de comunicação dedicados. Esse arranjo reduziu a latência a níveis seguros e manteve a estabilidade do sinal durante todo o ato operatório.

O impacto da telecirurgia para o Brasil e o mundo

A telecirurgia possibilita a medicina a alcançar mais áreas operando um paciente em um local enquanto o cirurgião permanece em outro, conectados por sistemas robóticos e redes digitais. O conceito existe há mais de duas décadas, desde a operação “Lindbergh”, em 2001, mas o recorde do Paraná indica amadurecimento tecnológico e operacional.

Agora, hospitais conseguem explorar modelos de atendimento que superam barreiras geográficas e aceleram o acesso a procedimentos complexos. No Brasil, esse avanço tem impacto direto e impulsiona a cirurgia robótica no Brasil como estratégia para ampliar cobertura e qualidade. O país reúne dimensões continentais, concentração de especialistas nos grandes centros e desigualdade no acesso à alta complexidade.

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A telecirurgia cria a possibilidade de um centro de excelência apoiar, em tempo real, hospitais do interior e regiões remotas. No contexto da cirurgia robótica no Brasil, a equipe local prepara o paciente e maneja o robô; o especialista remoto executa as etapas críticas; e ambos compartilham decisões clínicas.

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