O burnout acadêmico, também chamado de esgotamento estudantil, é um estado de cansaço físico, emocional e mental que pode surgir por causa do estresse prolongado relacionado aos estudos. Esse distúrbio vai além do cansaço comum após um dia intenso, sendo frequentemente acompanhado de desmotivação, crises de ansiedade e até depressão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu oficialmente a Síndrome de Burnout como uma doença ocupacional em 2022, o que inclui contextos educacionais como os universitários e técnicos. Estudos acadêmicos mostram que vários fatores, como a sobrecarga de matérias, alta exigência e falta de apoio, são preditores do problema entre estudantes universitários.
Sinais de alerta do burnout acadêmico
Prestar atenção nos primeiros sinais de burnout é essencial para agir a tempo. Entre os mais comuns estão:
- Exaustão constante, mesmo após dormir;
- Falta de motivação para estudar ou frequentar aulas;
- Irritabilidade, crises de choro, ansiedade elevada;
- Redução do desempenho acadêmico, dificuldades de concentração e sono prejudicado;
- Sensação de baixa autoestima e incapacidade de enfrentar os desafios.
Além disso, um estudo com estudantes de Psicologia identificou as três dimensões da síndrome de burnout nessa população: exaustão emocional, descrença (distanciamento) e baixa eficácia profissional. Outro estudo revelou que certos cursos, como Medicina Veterinária e Odontologia, apresentam maior prevalência de burnout, em torno de 31,2 % entre os universitários participantes.
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Medidas preventivas: gestão do tempo, pausas e lazer
A prevenção do burnout acadêmico passa por estratégias práticas. Em primeiro lugar, a gestão eficaz do tempo é fundamental: definir prioridades, usar agendas e evitar sobrecarga com muitos conteúdos e prazos acumulados. Incorporar pausas regulares durante os estudos, com momentos de relaxamento, exercícios leves, ou simplesmente desligar por alguns minutos, ajuda a recarregar as energias e manter o foco.
Promover momentos de lazer e autocuidado também é crucial: atividades prazerosas, como práticas esportivas, leitura leve, estudos intercalados com hobbies, ajudam a equilibrar o emocional e evitar a sensação de esgotamento. Outro ponto importante é cultivar apoio emocional, seja por meio de conversas com amigos, familiares ou colegas; compartilhar as dificuldades faz diferença para enfrentar o estresse acadêmico.
Além disso, quando os sinais de burnout se agravam, é essencial buscar apoio psicológico profissional. Terapias como a Cognitivo-Comportamental (TCC), abordagens de aceitação e mindfulness têm se mostrado eficazes para ressignificar a pressão e ajudar os estudantes a lidar com as cobranças internas e externas.
O burnout acadêmico é uma realidade preocupante, que afeta muitos estudantes e compromete tanto o bem-estar quanto o desempenho escolar. Reconhecer que é possível sofrer burnout estudando é o primeiro passo para cuidar da saúde mental. Observar os sinais de alerta e implementar estratégias preventivas — como boa gestão do tempo, pausas, lazer regular e apoio psicológico — pode fazer toda a diferença. Cultivar uma rotina equilibrada e se permitir desacelerar são ações poderosas para preservar a saúde emocional durante a jornada acadêmica.
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