Os avanços da Inteligência Artificial surpreendem a cada dia. A China, referência mundial em tecnologia, inaugurou o primeiro hospital do mundo operado por IA.
O projeto, desenvolvido pela Universidade Tsinghua, em Pequim, recebeu o nome de “Hospital Agente” e conta com uma equipe formada por 14 médicos robôs e quatro enfermeiros virtuais. A estimativa é de que a nova unidade seja capaz de atender até 3.000 pacientes por dia, com uma taxa de acerto nos diagnósticos superior a 93%.
O hospital operado por Inteligência Artificial já é considerado um marco significativo na história da Medicina. Para funcionar, os robôs médicos e os enfermeiros virtuais operam com base em programação, performance e desempenho automatizado — o que também acende um alerta importante.
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Com o avanço veloz da tecnologia impulsionado pela IA, os seres humanos precisam acompanhar esse ritmo e se adaptar às novas realidades. Isso levanta uma questão central: estamos preparados para conviver com essas transformações e como devemos nos posicionar diante delas?
Embora a IA traga inúmeros benefícios e torne muitas tarefas do cotidiano mais eficientes, ela também apresenta riscos — como a possibilidade de estimular uma zona de conforto e uma limitação intelectual em pessoas que se acomodam diante de tantos recursos automatizados.
O salto tecnológico na era digital oferece dois caminhos: ou aprendemos a dominar a máquina, ou corremos o risco de nos tornarmos dependentes de seus sistemas de recompensa. Esse sistema, ativado por mecanismos como curtidas, vídeos curtos e jogos, exerce um controle crescente sobre a mente humana — especialmente entre os jovens — e está moldando o comportamento social desde idades cada vez mais precoces. É evidente que a tecnologia, ao oferecer recompensas rápidas e constantes, estimula a liberação de dopamina e condiciona o cérebro de forma intensa.
O novo hospital chinês também levanta outros questionamentos relevantes: será que as pessoas se sentiriam confortáveis sendo atendidas por um médico operado por IA? Estaríamos diante do fim da tradicional relação médico-paciente? E, mais importante: como despertar a consciência crítica diante dessa nova realidade?