Nos últimos meses, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem anunciado uma série de descobertas e diretrizes que estão remodelando a abordagem da medicina em todo o mundo. Essas inovações têm o potencial de não apenas alterar práticas clínicas, mas também melhorar o acesso aos cuidados de saúde e a prevenção de doenças, com efeitos profundos para a saúde global.
Uma das principais atualizações da OMS refere-se ao avanço nas pesquisas sobre doenças infecciosas e sua prevenção a partir de estudos para novos imunizantes. Nesse contexto, em agosto deste ano, a entidade voltou a declarar Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) para o mpox vírus. A mpox ou ‘varíola do macaco’ é causada pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com: pessoa e materiais infectados pelo vírus, animais silvestres (roedores) infectados.
Em toda a África, cerca de 14.250 casos de mpox e mais de 450 mortes foram registrados entre o começo deste ano e o final de julho. Esses números indicam um aumento de 160% no total de infecções e um crescimento de 19% no número de óbitos em relação ao mesmo período de 2023.
Atualmente, há duas vacinas recomendadas pela OMS contra a doença. No entanto, nenhuma delas está sendo usada de forma ampla no Brasil. A comunidade científica segue mobilizada com países e fabricantes de vacinas em possíveis doações de vacinas e coordenando com parceiros por meio da Rede Interina de Contramedidas Médicas para facilitar o acesso equitativo a vacinas, tratamentos, diagnósticos e outras ferramentas.
Outro campo em que a atuação da OMS tem sido primordial, se refere à campanha STOP TB. O objetivo principal é erradicar a tuberculose até 2030 com diagnósticos rápidos e tratamentos acessíveis. A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta principalmente os pulmões, mas pode atingir outros órgãos e sistemas. A transmissão ocorre pela inalação de aerossóis das vias aéreas de pessoas com tuberculose ativa.
No Brasil, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da tuberculose estão disponíveis gratuitamente pelo SUS, mas ainda há entraves para a eliminação da doença. Por esse motivo, o engajamento da sociedade é fundamental.
Alguns membros da Parceria Brasileira Stop TB Brasil são:
- Organização Pan-americana de Saúde (OPAS)
- Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS)
- Coordenações estaduais e municipais de tuberculose
- Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC)
- Organizações não Governamentais (ONG´s
Desafios
A OMS também enfrenta desafios consideráveis. A implementação global dessas novas descobertas requer recursos significativos, além de uma colaboração internacional contínua. A desigualdade no acesso aos cuidados de saúde ainda é um obstáculo, especialmente em países de baixo desenvolvimento. Mas, com as inovações tecnológicas e uma maior colaboração internacional, há uma esperança renovada de que essas descobertas possam, de fato, transformar a medicina e salvar milhões de vidas.
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