Entender como as provas se diferenciam entre si é o primeiro passo para que um medaholic se prepare corretamente!
O objetivo é o mesmo: conseguir a aprovação e colocar os dois pés dentro da faculdade de Medicina. No entanto, os caminhos que levam a este destino não são.
As provas do Enem e dos variados vestibulares ao redor do Brasil são diferentes, possuindo, cada uma delas, diversas particularidades, com seus próprios ingredientes especiais. Portanto, compreender esses pequenos detalhes que as tornam tão distintas é imprescindível para seguir a receita certa para o sucesso e entender também como se preparar melhor para cada uma delas e arrasar na hora de respondê-las.
Por isso, preparamos esse textinho para que você, medaholic, possa sacar tudo sobre como funcionam esses diferentes tipos de provas e pegar a visão de como adequar seus estudos a elas. Vamos nessa?
“Qual delas é melhor?”
Opa, opa… peraí, para tudo! Se você tem se perguntado se existe alguma prova melhor, então eu vou te falar que, definitivamente, você precisa continuar essa leitura conosco.
Isso porque, não, não existe uma prova melhor que a outra. E esse é o marco zero para começar a entender suas diferenças.
Veja bem, cada um dos tipos de exame tem suas vantagens. E no início, eles foram até mesmo criados com propósitos diferentes.
Enquanto o vestibular sempre foi uma prova aplicada para disputar uma vaga em uma universidade pública ou privada, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), nasceu justamente para que o governo pudesse medir e ter uma noção de como andava a qualidade da última etapa da educação básica.
Apesar das diferentes origens, hoje, o Enem também cumpre com essa função de mandar o estudante direto pra vida acadêmica, mas o pulo do gato aqui é entender quando o vestibular pode ser mais interessante e quando o Enem rouba a cena.
Por isso, se liga nesse comparativo aqui embaixo:
Enem x Vestibular: quem ganha de quem?
Esse comparativo pode te ajudar a fixar melhor como cada uma das provas funciona por meio de alguns atributos em comum.
Te vejo na linha de chegada!
O Enem, a princípio, não dispõe, necessariamente, de concorrência. Afinal, como dissemos há pouco, a prova foi idealizada como forma de mensurar se o Ensino Médio ia bem ou mal das pernas. No entanto, a nota que você recebe pelo seu desempenho pode te ajudar a conquistar uma vaga em programas de educação do governo, como o Sisu e o Prouni. Basicamente, funciona como uma nota de corte, onde, a partir dela, você pode selecionar onde gostaria de estudar, não competindo diretamente com outros alunos por posições.
Já o vestibular funciona de maneira oposta, onde existe, efetivamente, uma concorrência, e os estudantes disputam entre si por uma vaga em uma universidade previamente definida. Aqui, o êxito é observado pela posição em que o estudante conseguiu alcançar, de acordo com o desempenho na prova.
O que precisa saber para fazer Enem?
No Enem, as matérias estudadas em sala de aula e nos cursinhos preparatórios são agrupadas em quatro grandes áreas do conhecimento: Matemática, Linguagens e Códigos, Ciências Humanas e Ciências da Natureza.
No vest, o que é visto durante a preparação é tratado de forma isolada, com os assuntos divididos entre as próprias e tradicionais matérias das Ciências Humanas ― Português, História, Geografia e Língua Estrangeira ―, e Linguagens, Matemática e Ciências da Natureza ― Física, Química e Biologia.
Apesar de Filosofia e Sociologia não terem questões individualizadas dentro da prova, o estudo dessas matérias também é fundamental para a compreensão das outras disciplinas das Ciências Humanas, bem como para o desenvolvimento de uma boa redação. Então, nada de deixá-las de lado, só porque “não vai cair”. Beleza?
Será que faço o requisito?
Ah, aqui também é importante a gente dar o toque de que enquanto as disciplinas dos vestibulares possuem pesos, de acordo com a graduação escolhida — no caso da Medicina, as matérias de maior peso são, geralmente, Português, Matemática, Física, Química e Biologia —, no Enem, a metodologia de avaliação é a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que permite que “o desempenho possa ser explicado pela habilidade do avaliado e pelas características das questões”.
Todo mundo quer conquistar a vaga médica, né?!
Certo, você já entendeu sobre dois tópicos importantes, que são a concorrência nas provas e os estudos das áreas do conhecimento para cada uma.
Agora pode ser que você esteja se perguntando: “pra quê fazer o vestibular se eu já vou fazer o Enem?” Ou vice-versa… Lembra do pulo do gato? É agora que ele acontece!
Hoje, ambas as provas permitem você cursar a faculdade de Medicina — caso mande bem, é claro —, mas elas podem te ajudar de formas diferentes.
Ao fazer o Enem, você tem direito de participar dos seguintes programas:
- Prouni, programa que oferece bolsas de estudos para universidades particulares. No entanto, possui requisito de renda;
- Sisu, que permite ao estudante ingressar em uma das 129 instituições do país cadastradas, utilizando a sua nota. Quanto mais alta a nota, maiores as chances de admissão.
- FIES, programa de financiamento do MEC, cujo intuito é auxiliar estudantes a financiar a graduação do ensino superior quando matriculados em instituições não gratuitas.
Claro, só a realização da prova não garante que você tenha, efetivamente, os benefícios do programa. É preciso conhecer as regulamentações e os requisitos para poder aproveitar os programas.
Já com o vestibular, você pode tentar ingressar em universidades que não façam parte dos programas do Sisu, Prouni, ou quando você não se encaixa nos requisitos desses benefícios.
No final das contas, são portas diferentes, mas que levam ao mesmo destino: a graduação em Medicina!
Mas como ter o pack completo?
O Enem costuma ser um exame que não segue a linha da “decoreba”, sendo mais interpretativo e ajustado tanto à realidade quanto às circunstâncias de vida do estudante. Por isso, é muito importante estudar bastante atualidades, bem como estudar questões contextualizadas, além de prestar bastante atenção aos enunciados de cada pergunta.
Ah, não se esqueça, é claro, de estar sempre analisando as provas anteriores, para que você possa, justamente, já ir treinando esse tipo de exame.
Como me preparar para o vestibular
Diferentemente do Enem, cuja prova é válida para diversas instituições, no vestibular, cada instituição faz a sua própria prova, portanto, a sacada aqui é voltar seus olhos para as provas anteriores da instituição que você quer tanto entrar.
Como a gente já falou, no vestibular, existem pesos para as disciplinas, de acordo com a graduação escolhida, então o medaholic tem que ficar ligado e ter uma atenção extra às questões dessas matérias específicas.
Assim como no Enem, é importante estudar bastante o modelo de prova de cada instituição. A Fuvest, por exemplo, costuma ter provas mais tradicionais, com perguntas mais diretas e menos contextualizadas, quando comparadas ao Enem.
Grande parte das instituições do país contam com duas oportunidades de prova no ano, uma durante o Verão e outra durante o Inverno. Então suas possibilidades de admissão podem ser maiores, dentro de um mesmo ano.
Por via das dúvidas, faça os dois!
Bom, por conta de tudo que te mostramos aqui, acreditamos que você tenha conseguido entender as principais diferenças entre os exames e como focar nos aspectos mais importantes de cada uma delas. Mas fica a dica, medaholic: na dúvida, faça as duas (ou mais) provas!
Quanto mais oportunidades, maiores as suas chances de conseguir alcançar o sonho da carreira médica, não é mesmo?
Então, “simbora” estudar pra tudo quanto é prova e não deixe a peteca cair! Acreditamos, de verdade, em você e no seu potencial, então bora focar que o sucesso vem!
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