O Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE) é uma iniciativa do Governo Federal que marca uma nova fase no Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo central é reorganizar o acesso a consultas, exames e tratamentos especializados de forma mais eficiente, digital e integrada.
Pela primeira vez no Brasil, será possível ter uma fila única digital, que permite o encaminhamento mais justo, rápido e organizado de pacientes para especialistas, com foco na redução do tempo de espera do SUS e melhoria na qualidade do cuidado.
O que é o Mais Acesso a Especialistas?
O PMAE foi desenvolvido pelo Governo Federal como parte de uma estratégia de modernização do SUS. Embora o financiamento e diretrizes venham da União, a implementação do programa fica sob responsabilidade de estados e municípios, que devem integrar seus sistemas de regulação e gestão de saúde ao novo modelo.
Essa proposta surgiu diante da necessidade urgente de enfrentar as filas intermináveis para exames e consultas especializadas, que são um dos principais gargalos da saúde pública brasileira.
Qual é o objetivo do PMAE?
O principal objetivo do PMAE é assegurar que o paciente tenha acesso mais rápido e eficiente a médicos especialistas, exames e diagnósticos. A proposta é revolucionar a forma como esse atendimento é feito, com:
- Fila única digital para todos os encaminhamentos.
- Priorização baseada em critérios clínicos, e não por ordem de chegada.
- Integração entre atenção primária e especializada, com continuidade do cuidado.
- Redução de deslocamentos desnecessários, com uso de telessaúde.
Além disso, o PMAE tem um foco especial nos pacientes oncológicos, que frequentemente enfrentam atrasos críticos na rede de atendimento.
Como o médico especilista pode aderir ao PMAE
Diferente de programas como o Mais Médicos, a adesão de profissionais ao Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE) ocorre de forma indireta, já que o foco principal do programa está na reorganização do sistema de regulação e não na contratação centralizada de médicos pelo Governo Federal.
A participação dos médicos acontece por meio das estruturas já existentes nos estados e municípios, ou por meio de credenciamento em redes de atendimento vinculadas ao SUS. Para fazer parte da rede do PMAE, o profissional precisa estar vinculado a:
- Hospitais públicos ou filantrópicos que atendam via SUS.
- Ambulatórios especializados ou clínicas conveniadas ao sistema público.
- Plataformas de telessaúde e telemedicina integradas ao programa.
- Redes regionais de atenção à saúde que adotem o modelo do PMAE.
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Estados e municípios já podem aderir ao Mais Médicos Especialistas
Além disso, os estados e municípios que aderirem ao programa poderão lançar editais locais de credenciamento ou chamar médicos especialistas para atuar em modalidades híbridas com parte do atendimento feito presencialmente e parte por telessaúde.
Os especilistas interessados devem ficar atentos às chamadas públicas e orientações das secretarias estaduais e municipais de saúde, pois são essas esferas que operacionalizam o programa. Ter registro ativo no CRM, experiência na especialidade e, em alguns casos, capacitação em telessaúde podem ser requisitos adicionais.
Como funciona o atendimento no PMAE?
O funcionamento do PMAE segue uma nova lógica, em que:
- O paciente passa inicialmente por uma unidade básica de saúde ou serviço de atenção primária;
- Se houver necessidade de atendimento especializado, ele é encaminhado por meio de um sistema digital unificado;
- A solicitação entra em uma fila única e transparente, com priorização por critérios clínicos;
- O paciente é direcionado ao especialista mais próximo e disponível, com apoio da telessaúde, sempre que possível.
Telessaúde: a base tecnológica do programa
Um dos pilares do PMAE é o uso intensivo da telessaúde, que permite:
- Consultas remotas com especialistas.
- Acompanhamento de casos à distância.
- Triagem e avaliação prévia sem necessidade de deslocamento.
- Encaminhamento mais preciso, reduzindo idas desnecessárias a hospitais.
Com isso, o sistema evita a superlotação e proporciona maior agilidade no cuidado ao paciente.
Quem pode participar do programa?
Diferente de programas como o Mais Médicos, o PMAE não é voltado à contratação de profissionais por adesão direta, mas sim à reorganização da rede pública de saúde. Médicos especialistas, equipes de telessaúde e gestores municipais e estaduais são integrados ao programa conforme suas estruturas locais forem incorporadas ao novo modelo.
Ou seja, todos os usuários do SUS podem se beneficiar do PMAE, desde que sua cidade ou estado tenha aderido ao programa.
Qual a diferença entre PMAE e programas anteriores?
Antes do PMAE, o acesso a especialistas no SUS era feito de forma descentralizada e, muitas vezes, desorganizada. Cada município gerenciava suas filas com pouca integração entre unidades, o que resultava em:
- Falta de transparência.
- Duplicidade de encaminhamentos.
- Esperas prolongadas.
- Falta de controle clínico de prioridades.
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