A partir da próxima semana, o Ministério da Saúde vai distribuir 3 mil kits de telessaúde para as Unidades Básicas de Saúde (UBS). A ação faz parte do programa Agora Tem Especialistas e tem como objetivo ampliar o atendimento médico especializado à distância. Além disso, a operação terá um investimento de R$ 20 milhões, feito pelo Novo PAC Saúde.
A telessaúde permite que médicos façam consultas, diagnósticos e emitam laudos remotamente. Com isso, é possível reduzir em até 30% o tempo de espera por atendimento. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforça: “Fortalecer a telessaúde é garantir que a população não espere meses por um atendimento que pode salvar vidas”.
Nos últimos anos, a telessaúde no Brasil cresceu rapidamente. O número de atendimentos passou de 1,5 milhão em 2023 para 2,5 milhões em 2024, um aumento de 65%. De acordo com o Ministério, a meta é chegar a 10 milhões de atendimentos a distância até 2027, consolidando o país como referência em saúde digital dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualmente, existem 26 Núcleos de Telessaúde em 17 estados brasileiros, que já oferecem suporte e acompanhamento remoto para pacientes e profissionais de saúde.
Kits fortalecem unidades básicas
Cada kit de telessaúde inclui notebook, teclado, televisor, webcam e outros equipamentos, que serão entregues às UBS até o final de novembro. Em 2023, 920 UBS em áreas remotas foram conectadas via satélite, e outras 3 mil receberão fibra ótica ainda este ano. Atualmente, 87% das UBS já utilizam prontuário eletrônico, integrando atendimentos à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
De acordo com o Ministério da Saúde, esses investimentos pretendem garantir que a telessaúde funcione com segurança, rapidez e qualidade. Isso vai promover um atendimento remoto efetivo para pacientes que antes precisavam viajar longas distâncias para consultas.
Editais ampliam telessaúde para setor privado e público
Ademais, o Ministério da Saúde lançou dois editais inéditos para expandir a telessaúde. O edital Nº 2/2025 mobiliza hospitais privados a integrar o SUS, permitindo que estabelecimentos com ou sem fins lucrativos prestem serviços a estados, Distrito Federal e municípios. Já o edital nº 3/2025 fortalece a oferta pública de consultas e serviços a distância.
As inscrições para ambos os editais estão abertas, sendo o prazo para o público até 6 de setembro.

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Catálogo Nacional integra atendimentos
Além disso, o SUS Digital criará um Catálogo Nacional de Telessaúde, reunindo serviços qualificados e padronizados disponíveis para contratação pelos gestores locais. A iniciativa permitirá que a jornada do paciente seja acompanhada da triagem ao encaminhamento, promovendo maior resolutividade clínica, humanização e integração entre setor público e privado.
Outra novidade é que o Brasil contará, pela primeira vez, com protocolos para atendimentos em telessaúde, definindo fluxos, critérios, equipamentos e condutas para consultas remotas. Isso garante que o atendimento a distância seja seguro, eficiente e padronizado, fortalecendo a telessaúde como ferramenta estratégica para o SUS.
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