A pneumonia é uma infecção nos pulmões que atinge os alvéolos, pequenos sacos de ar onde ocorre a troca de oxigênio com o sangue. Quando esses alvéolos se enchem de muco, pus ou líquido, o ar não chega direito ao corpo, e respiramos com dificuldade. Esse quadro é perigoso porque compromete nossa capacidade de oxigenar órgãos vitais como coração e cérebro.
Quanto mais demorado para tratar, maior o risco de complicações graves ou até morte.
No mundo, estima-se que a pneumonia seja responsável por mais de 2 milhões de mortes por ano, segundo dados da Biblioteca Virtual em Saúde. No Brasil, é uma das principais causas de internação hospitalar, com mais de 600 mil ocorrências anuais, segundo o Ministério da Saúde.

As doenças pulmonares também são a principal causa de mortes por doenças infecciosas no Brasil, segundo dados do DataUnicef. Mundialmente, essas enfermidades também lideram as estatísticas de mortalidade em crianças de até 5 anos.
No Brasil, de janeiro a agosto de 2022, foram registradas 44.523 mortes por doenças pulmonares, conforme dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Principais sintomas
Os sinais da pneumonia podem surgir de forma rápida ou evoluir pouco a pouco. Os mais comuns são febre alta, muitas vezes acompanhada de calafrios, tosse persistente, que pode ser inicialmente seca e depois apresentar catarro esbranquiçado, amarelado, esverdeado ou até com sangue, além de falta de ar e dor no peito, que se intensifica ao tossir ou respirar fundo.
⚠️ Nem toda tosse com catarro significa pneumonia, mas quando vem acompanhada de febre alta e falta de ar, deve ser avaliada por um profissional de saúde.
Também podem ocorrer fraqueza, cansaço intenso, suor excessivo, dor muscular, perda de apetite e mal-estar geral.

É importante ficar atento aos sinais de alerta, como febre muito alta (acima de 39 °C), tosse que não passa por vários dias, dor forte no peito ou dificuldade grande para respirar. Nesses casos, a procura por atendimento médico deve ser imediata. Além disso, sintomas como perda/diminuição de apetite e a indisposição também podem ser sinais de alerta para a doença.
⚠️ Atenção: Não faça autodiagnóstico. Em qualquer sinal, procure ajuda médica.
Em crianças e idosos, os sintomas podem aparecer de forma atípica, com confusão mental, queda na capacidade de realizar tarefas simples, mesmo sem febre evidente.
Quem tem mais risco de desenvolver pneumonia
A pneumonia pode afetar qualquer pessoa, mas alguns grupos estão mais vulneráveis. Crianças pequenas, especialmente as menores de 5 anos, estão entre os mais atingidos, globalmente, a doença é responsável por cerca de 14% das mortes nessa faixa etária. Entre os idosos, sobretudo acima de 70 anos, a mortalidade também é alta.
Além de crianças e idosos, pessoas com doenças crônicas como diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou insuficiência renal, pacientes imunossuprimidos – como aqueles em tratamento de câncer ou vivendo com HIV – e fumantes também têm maior risco. Infecções respiratórias virais, como a gripe e a Covid-19, podem favorecer o desenvolvimento de pneumonia bacteriana secundária.
O tabagismo, a poluição, o ar seco e a má ventilação dos ambientes favorecem o desenvolvimento da infecção, chamada de Pneumonia Química. Assim como situações de refluxo grave ou dificuldades para engolir, que aumentam as chances de aspiração de líquidos ou alimentos para os pulmões.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico é confirmado pelo médico após avaliar os sintomas e realizar exames. É importante evitar o uso de antibióticos sem prescrição, pois o tratamento varia conforme o agente causador.
Quando necessário, exames complementares ajudam a confirmar o quadro, como radiografia de tórax para identificar lesões pulmonares específicas, exames de sangue para verificar infecção ativa, além de testes bacteriológicos ou virais que apontam o agente causador. Em casos complexos ou duvidosos, pode ser solicitada uma tomografia de tórax.
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Resumo de Pneumonia: Epidemiologia, Fisiopatologia, Manifestações Clínicas, Diagnóstico e Mais!
Tratamento
Em geral, o tratamento da pneumonia envolve repouso, hidratação adequada e controle da dor e falta de ar, se houver. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhores são as chances de recuperação sem complicações.
Também pode variar de acordo com o agente causador e a gravidade do caso. Em geral, envolve repouso, hidratação adequada e controle da febre e da dor, se houver.
Nos casos bacterianos, os antibióticos são fundamentais e devem ser prescritos por médicos de acordo com o perfil perfil do paciente e do quadro apresentado, além do ambiente em que ocorreu a infecção.
⚠️Atenção: Não se automedique, procure orientação médica.
Como se prevenir da pneumonia
A prevenção passa principalmente pela vacinação, já que vacinas contra pneumococo e contra gripe reduzem consideravelmente os casos graves da doença. Medidas simples como lavar as mãos com frequência, cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, evitar o compartilhamento de copos e talheres e manter os ambientes ventilados também ajudam muito.
Evitar o tabagismo, controlar doenças crônicas e manter uma alimentação equilibrada, sono adequado e prática regular de exercícios fortalecem o sistema imunológico, diminuindo o risco de adoecer.