O Ministério da Saúde confirmou na manhã de hoje, 29,a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. A vítima era um homem de Uberlândia, cidade de Minas Gerais, que possuía baixa imunidade.
No Brasil já são mais de 900 casos confirmados, e desse total, mais de 700 casos em São Paulo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a doença como uma emergência global de saúde dia 23 de julho. Outras enfermidades como Covid-19, Zika vírus, e Ebola, ganharam o mesmo status nos últimos anos.
Mas o que é a Varíola do Macaco?
A Doença classificada como zoonose, Infecção naturalmente transmissíveis entre os animais e o homem. Foi identificada em 1958 e o primeiro humano foi infectado em 1970 na República Democrática do Congo. A doença só saiu do continente africano em 2003, com um surto nos Estados Unidos.
A Varíola do Macaco é endêmica em algumas regiões da África. Endemia é quando a doença tem constância em determinada região (Semelhante a Febre Amarela no região norte do Brasil)
Quais são os sintomas da Varíola do Macaco ?
Segundo a OMS, o tempo que o vírus invade as células e o aparecimento dos primeiros sintomas, costuma variar de 6 a 13 dias, mas pode chegar até a 21 dias.
A partir do início dos sintomas, a infecção pode ser dividida em dois momentos.
Primeiro, acontece o período de invasão, que dura até 5 dias. Neste momento, o paciente pode apresentar:
- Fortes dores de cabeça;
- Febre;
- Falta de energia intensa.
- Inchaço nos linfonodos;;
- Dor nas costas;
- Dores musculares;
Terminado o período de invasão, começa a segunda etapa, que é marcada por feridas na pele. Geralmente, essas marcas cutâneas surgem depois de 1 a 3 dias do início da febre.
Como a varíola dos macacos é transmitida?
Contato direto com fluidos corporais de uma pessoa infectada (sangue e pus, secreções respiratórias, feridas), materiais contaminados.
O vírus ainda pode ser passado de mãe para filho durante a gestação, através da placenta.
Até agora, o patógeno não foi descrito oficialmente como uma infecção sexualmente transmissível, mas a doença pode ser passada durante a relação sexual pela proximidade e o contato pele a pele entre as pessoas envolvidas.
Animais infectados, como macacos, ratos e esquilos, também podem transmitir o vírus
Fonte: BBC NEWS
Prevenção
As vacinas são a principal forma de prevenção.
De acordo com a OMS, uma série de estudos observacionais descobriu que o imunizante que protege contra a varíola tem uma efetividade de 85% contra a varíola dos macacos.
Como o vírus causador da varíola foi completamente erradicado, o programa de vacinação contra essa doença foi paralisado a partir dos anos 1980.
Existe, porém, uma vacina mais recente contra a varíola dos macacos, feita a partir do vírus atenuado modificado em laboratório.
Usada num esquema de duas doses, ela está aprovada em alguns lugares desde 2019. A disponibilidade deste imunizante no momento é bem limitada.
No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou que está negociando a compra de vacinas contra a varíola. O Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz também estão estudando a possibilidade de fabricar doses no próprio país.
Como nós presenciamos uma pandemia podemos dizer que já sabemos o passo a passo para prevenir contaminações, mas é sempre bom relembrar:
- Uso de máscaras;
- Distanciamento;
- Higienização das mãos.