Epa, no meu Enem não!
Confira o que rolou essa semana sobre um dos principais meios de ingresso no ensino superior brasileiro
A menos que você esteja vivendo em uma caverna sem acesso à informação, você deve ter visto algumas notícias que saíram acerca do nosso querido Enem. Desde mudanças na forma de avaliação, até críticas que afirmavam que a prova não media conhecimento algum, a prova foi o assunto principal nas semanas anteriores à sua aplicação.
Sabendo que a educação é um dos pilares para a formação do cidadão, ela se torna alvo do governo. No nosso caso, o atual presidente da República Jair Bolsonaro, durante viagem à Dubai, afirmou que o Enem não é necessário, pois não mede o conhecimento dos estudantes:
“Olha o padrão do Enem no Brasil… Pelo amor de Deus! Aquilo mede algum conhecimento ou é ativismo político ou ativismo comportamental? A gente não precisa disso.”¹
Na mesma viagem ocorrida na segunda-feira (15), o ministro da educação Milton Ribeiro disse que as questões “começam a ter a cara do governo” e que a prova não repetirá “absurdos” do passado. Já na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados ocorrida aqui no Brasil, Ribeiro detalhou que as mudanças foram feitas visando “competência, honestidade e seriedade”:
“Essa é a cara do governo. Não temos nenhum ministro preso, nenhum caso de corrupção. Isso é importante”
Além disso, servidores do INEP afirmaram ter sofrido pressão ideológica para excluir questões polêmicas que, eventualmente, incomodem o governo Bolsonaro. Na quarta-feira (10), o professor Israel Batista (PV-DF), membro do INEP, fez uma denúncia contra Dupas, presidente do órgão, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. O documento cita que foram reportados pelos funcionários da autarquia: “censura ideológica nos itens da prova do Enem” e “sérios indícios de (…) critérios político-ideológicos, mediante proibição de determinados temas e pautas”.
Com isso, podemos perceber que a prova não está isenta de neutralidade. Sempre ocorreram levantamentos sociais e políticos que incentivassem os vestibulandos a pensar e refletir sobre seu papel como ser social. É provável que não apareçam mais questões nesse estilo, mas as competências cobradas continuarão sendo as mesmas.
¹Disponível em: https://gazetabrasil.com.br/especiais/jair-bolsonaro/2021/11/17/enem-nao-mede-conhecimento-e-prova-e-utilizada-para-ativismo/
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