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Ansiedade pré-vestibular atinge 63% dos estudantes e alerta para cuidados emocionais no Enem 2025

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Especialistas alertam que a ansiedade pré-vestibular pode comprometer o desempenho no Enem e orientam sobre como enfrentá-la com equilíbrio.

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Com as provas do Enem 2025 agendadas para os dias 9 e 16 de novembro, milhares de jovens intensificam sua preparação em busca de uma vaga na universidade. No entanto, além da maratona de conteúdos, outro desafio cresce entre os candidatos: a ansiedade pré-vestibular. Segundo uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas, 63% dos estudantes relatam sentir ansiedade ao pensar no futuro profissional. O dado revela que o vestibular deixou de ser apenas uma prova de conteúdo e se tornou também um campo de tensão emocional.

Segundo especialistas, a prova deixou de ser apenas uma avaliação de conhecimento e se transformou também em um teste emocional. No contexto dos cursos de medicina, onde a competição é intensa, a ansiedade pré-vestibular pode ser ainda mais acentuada”, afirma a psicóloga Janalice Castro.

“No contexto específico dos cursos de medicina, observa-se uma grande quantidade de candidatos disputando um número limitado de vagas. Essa situação pode gerar receios e níveis elevados de ansiedade em alguns indivíduos, especialmente o medo de não serem aprovados”, afirma a psicóloga.

Fatores que contribuem para a ansiedade pré-vestibular

Ela também aponta que muitos vestibulandos já enfrentaram outras tentativas frustradas, o que agrava a pressão emocional. “A aprovação é frequentemente associada à expectativa de um futuro promissor, estabilidade financeira e uma carreira valorizada”, ressalta. Também, outro fator importante, segundo Janalice, é a expectativa dos pais: “O desejo de proporcionar aos filhos oportunidades que eles próprios não tiveram pode, de forma inconsciente, gerar uma pressão adicional”.

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Diante desse cenário, muitos estudantes, mesmo bem preparados academicamente, veem seu desempenho comprometido devido à ansiedade. Assim, para reverter esse quadro, a psicóloga reforça a importância do equilíbrio emocional e de estratégias práticas no dia a dia da preparação.

“O primeiro ponto é você acreditar em você. Enviar um comando positivo ao cérebro, como ‘eu vou conseguir’, é essencial. A motivação pessoal é um fator decisivo. O que te motiva a fazer esse curso, esse vestibular?”, questiona Janalice.

Como lidar com a ansiedade pré-vestibular na reta final do Enem

Ela recomenda técnicas como a respiração diafragmática — um exercício de mindfulness —, a meditação guiada e a organização equilibrada do tempo entre estudo e lazer. Além disso, estudar por horas seguidas sem pausas não garante um bom rendimento.

“Você pode estar ali por 10 horas e render apenas 4. O cérebro precisa de descanso. O sono, por exemplo, é fundamental para consolidar o conteúdo aprendido. Por isso, dormir mal pode comprometer metade do que foi estudado ao longo do dia. Isso é ciência”, alerta.

O acompanhamento psicológico também tem papel essencial na redução da ansiedade pré-vestibular, evitando crises no dia da prova.

“O que frequentemente ocorre é que o indivíduo, após um ano de preparação, pode apresentar um súbito ‘apagão’ durante o exame. Isso é uma resposta do cérebro ao nervosismo, um mecanismo de defesa, mas que compromete o acesso à memória. Trabalhar técnicas de respiração, oxigenação cerebral e fazer terapia ajudam a proteger a memória e garantir melhor desempenho”, explica.

A psicóloga também destaca o papel fundamental das escolas e cursinhos na preparação emocional dos alunos. Para ela, palestras motivacionais, simulados e metas realistas ajudam a manter o estudante no caminho certo. Além disso, é essencial que essas instituições estejam preparadas para lidar com estudantes que tenham dificuldades específicas de aprendizagem ou transtornos do neurodesenvolvimento, como dislexia ou TDAH.

“Eu tenho alunos do curso de medicina com dislexia, com TDAH. Ter um transtorno de desenvolvimento não é sinônimo de incapacidade. São apenas dificuldades que podem ser superadas com apoio adequado. As escolas precisam identificar essas questões e encaminhar para acompanhamento psicológico ou psicopedagógico”, defende Janalice.

Portanto, a poucos meses do Enem, fica o alerta: preparar-se emocionalmente é tão importante quanto estudar. Com apoio, técnicas adequadas e acompanhamento profissional, é possível atravessar essa fase com mais equilíbrio e confiança.

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