E aí medaholic, é quinta-feira, dia de que? Dicas para sua redação nota 1000. Semana passada falamos das competências, e estrutura que sua redação tem que ter, para te ajudar na pontuação dessa parte da prova do Enem, que pode te ajudar e muito, principalmente para garantir uma vaga em medicina.
Só faltam alguns meses para o Enem e muita gente já fica naquela neura de acertar o tema da redação. A gente não consegue prever o futuro, mas conseguimos te ajudar a se preparar com várias dicas de assuntos para você estudar.
O conteúdo de hoje é sobre feminicídio. Uma pauta bastante importante que gera bastante discussão (do jeitinho que o enem gosta).
Vamos ao conteúdo, para te ajudar na redação nota 1000.
Feminicídio, o que é?
Certamente você já viu notícias em jornais sobre mulheres assassinadas, principalmente, por companheiros ou ex-companheiros que não se conformam com o fim do relacionamento. Esse é um crime assustadoramente alto no Brasil que expõe uma face da violência contra mulheres.
A palavra “feminicídio” trata do assassinato de mulheres e meninas por uma questão que envolve o gênero, ou seja, uma forma de menosprezo e/ou discriminação à condição feminina. É importante entender que nem todo assassinato de mulher é considerado feminicídio. O crime precisa está relacionado a um crime de ódio em que a motivação da morte precisa ser relacionada ao fato de a vítima ser do sexo feminino.
Como a palavra feminicídio foi popularizada
A palavra ‘feminicídio’ foi popularizada na década de 1970, pela socióloga sul-africana Diana E.H. Russell (“femicide”, em inglês). O novo conceito foi uma forma que a socióloga encontrou para contestar a neutralidade presente na expressão “homicídio”, que acabava contribuindo para manter invisível a vulnerabilidade vivida pelo sexo feminino em todo o mundo.
Assim, a palavra feminicídio busca sintetizar as diferentes formas de violência que representam risco potencial ou real de morte para as mulheres. A socióloga Diana Russell, apontou que as mortes relacionadas ao gênero feminino não são isoladas e raras, mas implantadas em uma cultura social que ‘naturaliza’ a violência de gênero e compromete o desenvolvimento livre e saudável de meninas e mulheres.
Como acontece?
O feminicídio acontece sob diversas formas e podem ser encobertos, também, por costumes e tradições. Muitos são justificados como práticas pedagógicas em alguns países como o apedrejamento de mulheres por adultério, relacionadas com o pagamento de dote, a mutilação genital e os crimes “em defesa da honra”.
Segundo as Nações Unidas, os motivos mais comuns dos agressores envolvem sentimento de posse sobre a mulher, o controle sobre o seu corpo, desejo e autonomia, limitação da sua emancipação (profissional, econômica, social ou intelectual) e desprezo e ódio por sua condição de gênero.
Dados no Brasil
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio. O país só perde para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia em número de casos de assassinato de mulheres. Se a comparação for com países desenvolvidos, no Brasil se mata 48 vezes mais mulheres que o Reino Unido, 24 vezes mais que a Dinamarca e 16 vezes mais que o Japão ou Escócia.
Os estados que registraram as maiores taxas de feminicídio – muito superiores à média nacional – foram Tocantins, Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Piauí.
Em 2019, o país registrou 1.326 vítimas de feminicídio — um crescimento de 7,1% em relação a 2018. Desse número, 66,6% eram mulheres negras, 56,2% tinham entre 20 e 39 anos e 89,9% foram mortas pelo companheiro ou ex-companheiro.