Foi decidido na manhã de hoje, 17, o apoio da comissão europeia à adesão da Ucrânia à União Europeia. A Ucrânia, por sua vez, já havia feito o pedido formalmente há quatro meses, quando a Rússia invadiu o território ucraniano. O país tem cobrado o auxílio diplomático, financeiro e militar das nações europeias no confronto com a Rússia.
Em suas redes sociais o presidente da ucrânia,Volodymyr Zelensky, comemorou a notícia:
“Elogio a conclusão positiva da Comissão Europeia sobre o status de candidato da Ucrânia. É o primeiro passo no caminho de adesão à UE que certamente nos deixará mais perto da vitória. Sou grato à Ursula von der Leyen e a cada membro da Comissão pela decisão histórica. Espero resultado positivo no Conselho Europeu na próxima semana”
Mesmo que a decisão seja unânime pelos 27 membros, o processo de adesão pode levar anos para se consolidar. Na próxima semana, nos dias 23 e 24 de Junho, os líderes membros da UE, irão se reunir para discutir a pauta apresentada pela comissão.
A comissão europeia vê com bons olhos a adesão da Ucrânia, ela ressaltou que o país está “bem avançado” no sentido de alcançar a estabilidade das instituições democráticas, o estado de direito, os direitos humanos e o respeito das minorias, além de manter bom histórico econômico e demonstrar resiliência e estabilidade financeira.
Como é o processo de adesão à UE?
Explicando de maneira mais simples é assim: um país se candidata e a comissão analisa a confirmação da candidatura, porém, não é certeza que esse país vai conseguir a vaga, esse pleito é apenas para conseguir “ser visto e lembrado” , se vai fazer parte do grupo, não é certeza.
O país que se candidatar precisa preencher alguns requisitos:
- Em caso de guerra, como na Ucrânia, a guerra precisa acabar;
- o país possui ou não uma economia de livre mercado;
- as instituições do país estão aptas a defender valores europeus (direitos humanos, por exemplo);
- Democracia livre e funcional.
Atendendo esses critérios, aí começam outros processos:
- Início de 35 capítulos de negociação com a UE
- Três desses capítulos precisam corresponder aos critérios de Copenhague;
- Quando os líderes dos Estados membros concordarem, deve ser ratificado no Parlamento da UE e pelos poderes legislativos do governo de cada Estado membro.
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