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Como aprender algo do zero: 8 técnicas científicas para estudar e manter o foco

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Como aprender algo do zero: 8 técnicas científicas para estudar e manter o foco.

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Aprender algo totalmente novo pode parecer uma tarefa intimidadora. A falta de familiaridade com o tema, somada ao receio de não acompanhar o ritmo, leva muitas pessoas a desistirem antes mesmo de começar. Se você quer descobrir como aprender algo do zero e não sabe por onde começar, trouxemos 8 técnicas científicas para estudar de forma eficiente e manter o foco.

Para tornar esse processo mais acessível, a pesquisadora Barbara Oakley, especialista em processos de aprendizagem, reuniu oito técnicas com respaldo científico que ajudam a estudar de forma eficiente, manter o foco e sustentar a motivação ao longo do caminho.

Neste guia, você confere as orientações e entende como aplicá-las para transformar grandes desafios em etapas menores e mais viáveis, mesmo começando do zero.

1. Estabelecer metas curtas

O primeiro passo é definir objetivos pequenos para o aprendizado, evitando a sobrecarga mental causada pelo volume de conteúdo que ainda falta dominar. A lógica é simples: dividir para conquistar. E não é necessário começar com longas sessões de estudo.

“Pense apenas em quantas horas você quer investir no estudo a cada dia, em vez de em quanto falta para você aprender. Isso já tira aquele peso de ‘nossa, tenho essa prova gigante e assustadora para fazer'”, orienta Barbara Oakley, professora de engenharia na Universidade de Oakland, nos Estados Unidos, que pesquisa aprendizagem, cognição e práticas educacionais.

2. Explicar “para uma criança”

Mesmo adotando metas pequenas, ainda haverá muito conteúdo a absorver.

Uma estratégia desenvolvida pelo Nobel de Física Richard Feynman é extremamente útil para identificar e preencher lacunas no conhecimento sobre praticamente qualquer tema. Essa técnica se desenvolve em quatro etapas:

  1. Anote tudo o que já sabe sobre o assunto, usando uma linguagem simples e didática.
  2. Explique esse conteúdo como se estivesse conversando com uma criança ou alguém sem familiaridade com o tema. Oakley recomenda explicar a uma pessoa real:
  3. “Essa pessoa vai poder identificar erros no seu entendimento de um jeito que uma criança imaginária não conseguiria”, explica a autora do livro Aprendendo a Aprender para Crianças e Adolescentes – Como se Dar Bem na Escola.
  4. Durante essa explicação, o cérebro aciona o sistema hipocampal, responsável pela formação de memórias, ajudando a fixar o conteúdo.
  5. Identifique os pontos que não conseguiu explicar com clareza. Isso mostra o que ainda precisa estudar.
  6. Volte à anotação inicial, acrescente as novas informações e tente explicar novamente de forma simples, até perceber que domina o assunto.

Conheça a técnica que vai te fazer aprender qualquer coisa em 4 passos simples.

3. Fazer anotações

Registrar informações é um método eficaz para compreender conceitos complexos e manter o foco, especialmente quando feito à mão. Estudos mostram que universitários que anotam em papel obtêm melhores resultados do que aqueles que digitam.

“Anotar é algo que me ajuda porque eu mesma me distraio com muita facilidade. Minha mente voa — mas quando eu faço anotações, presto mais atenção”, relata Oakley. “E isso também força a minha mente a sintetizar aspectos-chave do que eu estiver lendo ou ouvindo.”

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4. Treinar a concentração

Se é difícil manter a atenção diante das distrações de mensagens e redes sociais, lembre-se: foco é uma habilidade que pode ser treinada.

Oakley recomenda a técnica Pomodoro, que alterna períodos de estudo com pequenos intervalos de descanso.

“Tire todas as distrações da sua frente e foque nos estudos durante 25 minutos. Se a sua mente começar a viajar, puxe-a de volta para os estudos. E quando os 25 minutos acabarem, você passa dois a cinco minutos fazendo nada — apenas tentando lembrar o que você aprendeu” explica.

Ela alerta para evitar o celular nesse intervalo, pois ele compete com o conteúdo recém-aprendido:

“Se você pegar o celular nesse momento, vai passar por cima do que acabou de aprender.”

5. Respeitar o tempo do cérebro

O cérebro precisa de pausas para consolidar informações e transformá-las em memórias de longo prazo.

Mesmo sob pressão do tempo, é importante criar um cronograma equilibrado. Pesquisas com estudantes de medicina mostram que quem estuda mais de oito horas diárias não apresenta desempenho melhor do que os demais.

6. Aproveitar o sono para aprender

Dormir é fundamental para reforçar conexões sinápticas criadas durante o aprendizado.

“Durante a noite de sono, o cérebro vai fazer espirais, centenas de vezes, com as conexões sinápticas do aprendizado e torná-las mais fortes”, explica Oakley.

Ela sugere usar os minutos antes de dormir para revisar mentalmente conceitos importantes, pois isso sinaliza ao cérebro que devem ser reforçados.

7. Utilizar a inteligência artificial como aliada

Ferramentas como o ChatGPT podem ajudar a simplificar conceitos complexos por meio de metáforas personalizadas, mas não devem substituir o esforço de estudo.

“Quando você se deparar com algum tópico muito difícil, que não conseguir entender, peça ao ChatGPT uma metáfora que te ajude a entender aquilo”, recomenda Oakley.

Além disso, a IA pode propor formas criativas de motivar o estudante, estimulando a curiosidade fator que fortalece o aprendizado.

8. Recompensar o cérebro

Oferecer pequenas recompensas após períodos de estudo intenso pode manter o ânimo elevado, especialmente ao enfrentar temas mais difíceis.

“Tenha para esses períodos alguma recompensa que você ame. Por exemplo, um programa de TV que você goste muito — e que possa passar uma hora assistindo depois de estudar muito”, sugere Oakley.

Seguindo essas estratégias, qualquer pessoa pode aprender algo do zero de forma consistente e organizada, mantendo a motivação.

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