O Conselho Federal de Medicina (CFM) decretou, na última sexta-feira (14), intervenção no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), por tempo indeterminado. Segundo o CFM, as denúncias incluem falta de transparência e controle, conflitos de interesse, descumprimento de normas legais e irregularidades fiscais, resultando no afastamento de oito diretores do Cremerj.
O CFM destaca que uma investigação foi feita em janeiro após denúncias de irregularidades, encontrando uma “série de condutas que desrespeitam normas da gestão“. A intervenção foi decretada em portaria publicada no Diário Oficial da União do mesmo dia.
A medida inclui o afastamento de oito pessoas em cargos de comando no conselho regional, incluindo o presidente Walter Palis Ventura, que tomou posse em 1º de outubro de 2023 e finalizaria o mandado em 31 de maio deste ano. Apenas o corregedor, o vice-corregedor e o diretor de sede e representações serão mantidos nos cargos. Porém, eles não terão direito a voz e voto nas reuniões da diretoria provisória.
Diretores afastados:
- Walter Palis Ventura (presidente);
- Luiz Fernando Nunes (primeiro vice-presidente);
- Marcelo Erthal Moreira de Azeredo (segundo vice-presidente);
- Yuri Salles Lutz (secretário-geral);
- Ricardo Farias Júnior (primeiro secretário);
- Sylvio Sergio Neves Provenzano (segundo secretário);
- Joel Carlos Barros Silveira Filho (tesoureiro);
- e Katia Telles Nogueira (primeira tesoureira).
A diretoria provisória vai ter como presidente o conselheiro federal titular, Alexandre de Menezes Rodrigues, além de Alceu José Peixoto Pimentel como secretário-geral, e Ademar Carlos Augusto como tesoureiro. Essa diretoria deverá apresentar relatórios trimestrais de sua gestão no CFM, que irá avaliar se será necessário manter a intervenção ou não.
O que diz o Cremerj

O Cremerj não se posicionou a respeito do assunto nos seus canais de comunicação. No entanto, conforme nota da Agência Brasil, a diretoria do Cremerj informou que não teve, até o momento, ciência oficial do conteúdo da auditoria do CFM, “o que reforça a irresignação diante de uma medida extrema e arbitrária que viola o devido processo legal”.
“O Cremerj tem se dedicado a oferecer cada vez mais benefícios aos médicos do estado do Rio de Janeiro, lutando por melhores condições de trabalho e remuneração justa para a classe. Nosso compromisso sempre foi com a valorização da medicina e a transparência na administração dos recursos”, acrescentou à nota.
No Instagram, o CFM publicou uma nota oficial indicando as irregularidades encontradas na gestão do Cremerj. De acordo com a nota, as principais ocorrências incluem “falta de transparência e controle, conflitos de interesse e não conformidade com normas legais e ineficácia na gestão financeira”
- O Portal Melhores Escolas Médicas entrou em contato com o Cremerj para mais informações, mas sem sucesso.
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