Guia prático da graduação de medicina

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graduação de medicina

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No ranking dos vestibulares do país,  a graduação de medicina é um dos mais concorridos nas instituições de ensino por ser uma das profissões mais almejadas. Além de disputada, a carreira médica ocupa também o lugar das profissões com os melhores salários e com as maiores taxas de empregabilidade do Brasil.

A Medicina é a área da saúde que estuda o corpo como um todo, atuando na manutenção da saúde humana, na prevenção e tratamento de doenças, de acordo com a especialização escolhida. Portanto, a função do profissional da medicina está muito além de apenas tratar doenças, cabe a ele a missão de resgatar vidas. 

 

De acordo com o capítulo I, parágrafo IV, do Código de Ética de Medicina, “ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão”, podendo atuar em hospitais, clínicas ou na área da pesquisa.

 

Logo, para conquistar a vaga tão sonhada e finalmente exercer a profissão dos sonhos, é necessário dedicação aos estudos, planejamento e, especialmente, um conhecimento prévio do que irá encontrar dentro da graduação. 

 

Foi pensando nisso que a Melhores Escolas Médicas criou este Guia completo para ajudar os futuros mediciners a conhecerem um pouco mais do curso dos sonhos e a entender alguns termos da graduação.

 

A graduação de medicina

Ofertada em período integral, a faculdade de medicina é do tipo bacharelado, com uma carga horária de cerca de 7.200 horas. Com disciplinas extensas e que exigem bastante dedicação, o aluno de medicina estuda conteúdos voltados à promoção da saúde e a compreensão da fisiologia do corpo humano.

Das grades curriculares das graduações do Brasil, este é o curso superior com maior duração do Brasil, são em média 6 anos de estudo. Durante a graduação, os estudantes também se especializam no atendimento a pacientes.

 

Nos dois primeiros anos de ensino, os assuntos são voltados à introdução na área da saúde, enquanto os dois anos seguintes do curso são dedicados aos estudos clínicos da medicina. Por último, os dois anos finais são voltados ao internato médico, que se configura no estágio para os estudantes de medicina.

Essa divisão é chamada de ciclos da Medicina.

 

Ciclo Básico

No ciclo básico, que compreende os dois primeiros anos do curso, os estudantes têm o primeiro contato com a Medicina. A maioria das disciplinas são introdutórias e teóricas para dar uma base às próximas etapas no curso, compreendendo matérias como História da Medicina e Ética Clínica.

Neste momento de introdução, os estudantes podem estranhar e querer mais contato com o curso, mas é preciso ter paciência. A fase de introdução e teoria é uma importante fase para ajudar o futuro médico com as disciplinas clínicas das fases seguintes.

 

Ciclo Clínico

Os terceiro e quarto anos do curso são dedicados às disciplinas clínicas da Medicina, como Patologia e Imunologia. É nesta fase que os estudantes têm o primeiro contato com os pacientes através de aulas em consultórios ou em hospital escola.

O primeiro contato do aluno e futuro médico com o paciente também contribui para colocar em prática os conteúdos estudados nos anos anteriores do curso. É no Ciclo Clínico que os alunos aprendem a analisar os pacientes, realizar anamnese, interpretar exames, raio-x, tomografias, ressonância, etc.

 

Internato

Finalmente nos dois últimos anos da graduação, chamado de Internato Médico, o aluno pode iniciar o estágio obrigatório do curso de Medicina

No Internato, os futuros médicos poderão realizar plantões, fazer atendimentos clínicos e dar assistência em cirurgias, tudo acompanhado pelos profissionais dos setores do hospital ou clínica. Também é neste período que geralmente os estudantes começam a escolher o ramo da medicina que pretende fazer a residência médica.

Durante o estágio, o aluno de medicina precisa atuar no Sistema Básico de Saúde (SUS), compreendendo 30% da carga horária do Internato. Os outros 70% do estágio obrigatório, devem ser divididos entre Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia, Obstetrícia, Pediatria, Saúde Coletiva e Saúde Mental.

Após finalizar o Internato Médico, o estudante está apto a atuar na rede de saúde do país como um médico generalista. Os médicos generalistas são profissionais que ainda não possuem uma especialização médica ou decidiram adiar este momento. Desta maneira, podem atuar na prevenção e tratamento de doenças, realizar exames e no encaminhamento para um profissional específico, caso haja necessidade.

 

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Mas o que se estuda na graduação de medicina?

Durante a graduação, os alunos aprendem conhecimentos voltados às áreas da anatomia, bioquímica, farmacologia, biofísica, entre outros, além dos conteúdos voltados a disciplinas importantes na formação dos futuros médicos. As aulas são realizadas em salas de aula, laboratórios, ambulatoriais ou no hospital-escola, caso a universidade possua.

Nas Diretrizes Curriculares do Curso de Medicina, disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC), a grade curricular na graduação de medicina deve conter conteúdos relacionados a:

 

  • Conhecimento das bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, aplicados aos problemas de sua prática e na forma como o médico o utiliza;

 

  •  Compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais, nos níveis individual e coletivo, do processo saúde-doença; · Abordagem do processo saúde-doença do indivíduo e da população, em seus múltiplos aspectos de determinação, ocorrência e intervenção;

 

  • Compreensão e domínio da propedêutica médica – capacidade de realizar história clínica, exame físico, conhecimento fisiopatológico dos sinais e sintomas; capacidade reflexiva e compreensão ética, psicológica e humanística da relação médico-paciente;

 

  • Diagnóstico, prognóstico e conduta terapêutica nas doenças que acometem o ser humano em todas as fases do ciclo biológico, considerando-se os critérios da prevalência, letalidade, potencial de prevenção e importância pedagógica;

 

  • Promoção da saúde e compreensão dos processos fisiológicos dos seres humanos – gestação, nascimento, crescimento e desenvolvimento, envelhecimento, atividades físicas, desportivas e as relacionadas ao meio social e ambiental. 

 

Dentro da grade curricular  da graduação de medicina, algumas das disciplinas que se destacam são Anatomia, Fisiologia, Patologia, Farmacologia e Imunologia, isto é, matérias que ajudam a entender e conhecer o corpo humano. Dessa maneira, para compreender a função de cada uma delas e o que o cada uma aborda

A MEM explica:

  • Anatomia: Uma das principais e mais antigas matérias do curso de Medicina, a Anatomia é uma disciplina visual que estuda toda a estrutura do corpo humano, desde os sistemas até os órgãos. Dianto disto, compreender a forma do corpo é muito importante para entender como o organismo funciona. Por isso, a disciplina permite o contato do estudante com o corpo humano, seja através de peças e modelos ou através da manipulação real de cadáveres nos laboratórios.

 

  • Fisiologia: A fisiologia é outra disciplina importante para se tornar um profissional da medicina. Nela, os estudantes estudam o funcionamento do organismo através dos sistemas (nervoso, muscular, endócrino, cardiovascular, respiratório, digestório e urinário)

 

  • Patologia: A Patologia é o estudo das doenças em geral. Nesta disciplina, os alunos de medicina estudam as alterações corporais, investigam e explicam os mecanismos pelos quais as doenças surgem.

 

  • Farmacologia: A Farmacologia é uma importante disciplina para os profissionais que lidam tanto diretamente, quanto indiretamente, com prescrição médica. Nela, os estudantes aprendem sobre os efeitos das substâncias químicas no sistema biológico, ou seja, como os medicamentos interagem com o organismo humano.

 

  • Imunologia: O nome já entrega um grande spoiler do que se estuda nela, a Imunologia é o estudo do sistema imunológico do corpo humano, além de abordar também as condições que podem afetá-lo. O sistema imunológico funciona como uma grande barreira para o corpo. É ele que garante a proteção do corpo humano, impedindo que substâncias estranhas o invadam.

 

Residência Médica e Especialização

Finalmente, após 06 anos entre estudos teóricos, práticos e o Internato Médico, chega a fase da Residência Médica. Geralmente, a Residência Médica é confundida com o Internato de Medicina, estágio obrigatório do curso. No entanto, a Residência Médica é realizada por médicos já formados e em busca de uma especialização na carreira.

É durante esta fase da carreira médica que os profissionais definem a área de atuação, ou a especialização, como é conhecida.

A Residência funciona como uma pós-graduação para os  já formados em Medicina se especializarem em uma área. Para ingressar, os profissionais devem ter registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). 

 

A duração da Residência é de cerca de 1 a 5 anos, podendo se estender em alguns casos. Segundo os dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), no Brasil existem 55 especialidades médicas e 59 áreas de atuação da Medicina.

 

De acordo com a pesquisa Demografia Médica no Brasil, lançada pela Associação Médica Brasileira (AMB) em 2023, as três especialidades mais procuradas são Clínica Médica, com 56.979 registros; seguido de Pediatria, com 46.654 especialistas e Cirurgia Geral, com 41.547. Abaixo, confira a lista com as dez especialidades mais procuradas:

  • Clínica Médica (56.979)
  • Pediatria (48.654)
  • Cirurgia Geral (41.547) 
  • Ginecologia e Obstetrícia (37.327)
  • Anestesiologia (29.358)
  • Ortopedia e Traumatologia (20.972)
  • Medicina do Trabalho (20.804)
  • Cardiologia (20.324)
  • Oftalmologia (17.967)
  • Radiologia e Diagnóstico por Imagem (16.899)

 

Da lista divulgada pela pesquisa da AMB, as três menos procuradas são:

  • Radioterapia, com 1.014;
  • Medicina de Emergência com 779;
  • Por último, Genética Médica, com apenas 407 especialistas.

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