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Jovens médicos são os mais afetados por transtornos psicológicos; aponta pesquisa

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Jovens médicos apresentam maior vulnerabilidade na saúde mental.

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A pesquisa “Qualidade de Vida do Médico”, realizada pela Afya, indicou um maior percentual de transtornos psicológicos nos médicos jovens entre 25 e 35 anos. Os índices são: estresse, depressão, ansiedade e burnout. Os dados mostram que, apesar do comprometimento com a profissão, esses médicos enfrentam vulnerabilidades que podem afetar tanto sua vida pessoal quanto a prática clínica.

Imagem: Reprodução Afya

Na pesquisa, foi revelada que 22,4% dos profissionais apresentaram sintomas de depressão nos últimos 12 meses, sendo 22,1% diagnosticados formalmente. O levantamento aponta que mulheres são mais afetadas, representando 65,9% dos casos, contra 33,5% entre os homens.

Além disso, 55,5% dos médicos relataram uso de drogas, seja auto medicadas ou prescritas, e 35,8% afirmaram aumento no consumo de substâncias nos últimos 12 meses.

Entre os fatores que elevam o estresse estão a elevada demanda de trabalho (53,5%), descontentamento com o sistema de saúde (47,9%) e poucas recompensas profissionais (40,6%), refletindo diretamente no desempenho, relacionamentos e até em erros médicos, conforme 42,8% dos entrevistados.

Entre os médicos de 25 a 35 anos, os estudos apontam:

  • Estresse elevado: mais de 60% relatam altos níveis de estresse relacionados à prática médica.
  • Ansiedade: cerca de 55% apresentam sintomas compatíveis com transtornos de ansiedade.
  • Depressão: aproximadamente 30% manifestam sinais de depressão.
  • Burnout: quase 40% mostram sinais claros de esgotamento emocional e despersonalização.

Esses dados indicam que a saúde mental do médico jovem é mais vulnerável do que a de profissionais mais experientes, que já desenvolveram mecanismos de coping e experiência no gerenciamento do estresse.pressão.

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Possíveis causas da vulnerabilidade na saúde mental do médico

A saúde mental dos médicos jovens tem se mostrado uma preocupação crescente, refletindo os desafios únicos enfrentados no início da carreira. Fatores como longas jornadas de trabalho, alta pressão por desempenho e dificuldades na conciliação da vida pessoal com demandas profissionais contribuem para uma vulnerabilidade significativa.

Além disso, eventos recentes, como pandemias e crises de saúde, intensificaram ainda mais essas pressões, tornando essencial compreender as causas que colocam esses profissionais em risco psicológico.

Diversos fatores contribuem para a maior vulnerabilidade dos jovens médicos:

  • Sobrecarga de trabalho e longas jornadas, especialmente durante residência ou primeiros anos de atuação.
  • Pressão por desempenho, com exigências acadêmicas e clínicas elevadas.
  • Dificuldades na vida pessoal, como conciliar estudos, trabalho e relacionamentos.
  • Pandemia e crises de saúde, que intensificaram jornadas exaustivas e risco emocional.

Essas condições tornam a saúde mental do médico jovem uma questão crítica, afetando tanto o bem-estar quanto a performance profissional.

Comparativo com médicos mais experientes

Ao comparar médicos jovens com profissionais mais maduros, observa-se que os índices de estresse e burnout diminuem com a experiência. Médicos mais velhos tendem a ter maior capacidade de gerenciamento de demandas, organização do tempo e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Já os jovens médicos, em fase inicial de carreira, apresentam maior vulnerabilidade na saúde mental, precisando de atenção especial para prevenção e apoio.

Impactos da saúde mental do médico na prática clínica

A saúde mental dos médicos exerce impacto direto não apenas sobre o próprio profissional, mas também sobre a prática clínica e a segurança dos pacientes. Fatores como estresse crônico, ansiedade e burnout podem comprometer a capacidade de atenção, a tomada de decisões e a qualidade do atendimento, refletindo-se em consequências para a vida pessoal e para a segurança na assistência médica.

A sobrecarga emocional não afeta apenas o profissional, mas também a qualidade do atendimento:

  • Comprometimento da saúde física e mental, com fadiga crônica, ansiedade e depressão.
  • Redução da qualidade de vida, interferindo em relacionamentos e bem-estar pessoal.
  • Risco para a segurança do paciente, pois estresse elevado e burnout podem levar a erros clínicos.

Garantir a saúde mental do médico jovem é essencial para proteger tanto os profissionais quanto a população atendida.

A atenção à saúde mental do médico jovem é fundamental para preservar sua qualidade de vida, desempenho profissional e segurança no atendimento. Investir em prevenção, acompanhamento e políticas de apoio torna-se uma prioridade para instituições, colegas e sociedade como um todo.vento é uma oportunidade para os médicos conhecerem ferramentas práticas e compartilharem experiências com especialistas e colegas.

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