Medicina é a graduação com maior índice de empregabilidade do país. O dado revelado por pesquisa recente do Instituto Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, aponta que 92% dos empregados são do setor médico e atuam na área de formação.
O estudo reuniu as respostas de 5.681 formados em cursos de graduação de 178 instituições brasileiras. Os números trazem também Farmácia em segundo lugar com 80,4%, seguido de Odontologia, com 78,8%.
A análise demonstra que ainda é alta a procura por áreas mais tradicionais e que oferecem carreiras estáveis e oportunidades variadas. Além disso, é grande a demanda de vagas voltadas para saúde e tecnologia, sobretudo, em razão da diversificação de especialidades e salários mais altos. Por isso, escolher uma especialidade com elevada empregabilidade pode ser o primeiro passo para uma carreira de sucesso.
Especialidades em alta
De acordo com dados da Demografia Médica de 2023, as especialidades relacionadas à atenção básica, emergências médicas e cuidados intensivos têm registrado maior empregabilidade. Isso reflete a necessidade crescente de médicos nas redes pública e privada, especialmente em regiões carentes.
Deste modo, o maior número de registros de especialistas são Clínica Médica (56.979 médicos), Pediatria (48.654), Cirurgia Geral (41.547), Ginecologia e Obstetrícia (37.327), Anestesiologia (29.358), Ortopedia e Traumatologia (20.972), Medicina do Trabalho (20.804) e Cardiologia (20.324).
A rede pública ainda oferece estabilidade por meio de concursos, enquanto o setor privado permite maior flexibilidade e rendimentos mais altos.
Confira os 10 cursos de graduação com os maiores índices de formados trabalhando:
- Medicina – 92%
- Farmácia – 80,4%
- Odontologia – 78,8%
- Gestão da tecnologia da informação – 78,4%
- Ciência da computação – 76,7%
- Medicina veterinária – 76,6%
- Design – 75%
- Relações públicas – 75%
- Arquitetura e urbanismo – 74,6%
- Publicidade e propaganda – 73,5%
Piso salarial
A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) define o piso salarial do médico com base na Lei do Médico (Lei n° 3.999 de 15 de dezembro de 1961), que dá disposições sobre o salário mínimo de médicos e de cirurgiões dentistas.
Na última quarta-feira, 27, o tema voltou a ser pauta na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. Pela proposta do deputado Benjamin Maranhão o salário-mínimo profissional para médicos no Brasil seria fixado no valor de R$ 10.991,19 mensais, para uma jornada de 20 horas semanais. Entretanto, a Fenam defende o valor de R$19.404,13, pela mesma jornada.
Aprovado na Comissão de Saúde, o projeto agora segue para análise da Comissão de Finanças e Tributação. Depois para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, e, posteriormente, para o Senado Federal.
Caso aprovado em todas as etapas, o projeto representará um avanço significativo para médicos e cirurgiões-dentistas. Oferecendo maior estabilidade financeira e incentivando a permanência de profissionais no setor público, especialmente em áreas carentes.