Estudar Medicina na Argentina pode ser o sonho de muitos estudantes brasileiros. Por isso, tem sido crescente a quantidade de estudantes que preferem cursar Medicina fora do Brasil, especialmente na Argentina. Uma pesquisa recente, realizada pela Folha de São Paulo, identificou um aumento significativo no número de brasileiros no país hermano.
De acordo com os dados colhidos pela Folha através do Ministério do Capital Humano da Argentina e da Universidade de Buenos Aires (UBA), o número de estudantes no país quintuplicou de 4 mil para 20 mil nos últimos sete anos, tanto na graduação quanto na pós-graduação.
Em contrapartida, no Brasil, também há um crescimento significativo de cursos e Faculdades de Medicina. Em 2023, o Governo Federal autorizou a abertura de 95 novos cursos, com um total de 5,7 mil vagas.
Mas, o que leva os brasileiros a preferirem ingressar em uma instituição no exterior ao invés de cursar Medicina no próprio país de origem? Continue a leitura e entenda as razões que têm motivado estudantes a escolherem estudar no exterior.
O que leva estudantes a cursar Medicina fora do país?
Medicina é um dos cursos com maiores taxas de concorrência nos vestibulares brasileiros. Nas universidades públicas, a concorrência chega a ser exorbitante. Na Universidade de São Paulo (USP), uma das mais concorridas do país, são mais de cem candidatos disputando uma única vaga no Fuvest, vestibular tradicional da instituição.
Assim acontece também nas universidades privadas que, além da concorrência, também tem o quesito valor de mensalidade. Os cursos de Medicina no Brasil, tem custado acima de R$10 mil reais, com mensalidades reajustadas a cada semestre.
Além da dificuldade de ingressar em uma instituição brasileira, há outros motivos que levam os estudantes optarem por estudar fora, como qualidade dos cursos, vagas ilimitadas, ausência no vestibular em algumas instituições e o baixo custo de vida fora do Brasil.
Mas será que vale realmente a pena estudar fora?
A resposta para essa pergunta é bastante pessoal e vai de cada estudante decidir se vale a pena ou não estudar fora. Há vantagens, assim como desvantagens em cursar Medicina em uma instituição internacional. Cada uma delas deve ser colocada em uma balança na hora da escolha.
Um dos empecilhos em estudar fora é o de voltar ao Brasil e exercer a profissão. Isso acontece porque, para se profissionalizar aqui, o recém-formado no exterior precisa passar por uma prova que tem tido taxas de aprovação baixíssimas: o Revalida.
O que é o Revalida e por que é tão difícil ser aprovado?
O Revalida é o processo seletivo que seleciona os médicos que irão exercer a profissão no Brasil, aplicado desde 2011. Os profissionais que estudaram Medicina fora passam por duas etapas, a prova escrita e a prova prática para testar as habilidades clínicas do profissional.
Em 2022, a menor taxa de aprovação desde a implementação da prova foi registrada. De acordo com o INEP, apenas 3,75% dos candidatos passaram nas duas etapas e obtiveram o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).
Entenda como funciona o Revalida:
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