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Pesquisadores da UEPB criam método rápido para identificar metanol em bebidas alcoólicas

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Pesquisadores da UEPB desenvolvem método rápido e de baixo custo para detectar metanol na bebida alcoólica adulterada. Entenda como funciona.

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Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, desenvolveram um método capaz de identificar rapidamente a presença de metanol em bebidas alcoólicas adulteradas. O Brasil já registra mais de 100 notificações de intoxicação por metanol na bebida, segundo o Ministério da Saúde. Na Paraíba, porém, nenhum caso foi confirmado até o momento.

O projeto, liderado pelo professor David Fernandes, começou antes do surto nacional, com foco em avaliar a qualidade de destilados produzidos no interior do estado, como a cachaça. Com o avanço das notificações, os cientistas adaptaram a pesquisa para detectar adulterações com metanol.

“Conseguimos uma taxa de classificação de 97% na identificação de cachaças adulteradas. É um resultado rápido, preciso e de baixo custo”, destacou Fernandes.

Como funciona a tecnologia

Teste identifica presença de metanol em bebidas. Imagem: reprodução/ TV Globo.

Diferente de outras técnicas, o processo não exige produtos químicos adicionais e pode ser aplicado em fiscalizações de rotina por órgãos de controle. Os pesquisadores também estudam a criação de um canudo que muda de cor quando há contaminação por metanol, oferecendo ao consumidor uma forma prática de verificar a segurança da bebida.

Por que o metanol é tão perigoso?

O metanol é um álcool usado na indústria química, em solventes e combustíveis. No organismo humano, ele é transformado pelo fígado em compostos altamente tóxicos, que atacam a medula, o cérebro e o nervo óptico. A ingestão pode causar cegueira, coma, falência de órgãos e até a morte.

Dois artigos sobre a pesquisa já foram publicados na revista científica internacional Food Chemistry, referência na área de química e bioquímica de alimentos.

Antídoto para intoxicação por metanol

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou neste sábado (4) que a pasta está ampliando o estoque de antídotos para o tratamento imediato de casos de intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. 

Até o momento, em 12 estados do país, são 116 intoxicações suspeitas e 11 confirmadas, totalizando 127 casos. Ao menos cinco pessoas morreram em decorrência de complicações. Os tratamentos são realizados principalmente por meio da administração do etanol farmacêutico, com maior disponibilidade no país, e pelo fomepizol, que está sendo importado do exterior pelo governo federal.  

Segundo Padilha, o governo já adquiriu 12 mil novas ampolas de etanol farmacêutico de um laboratório nacional, além de 4,3 mil que já estavam em estoque. Imagem: Agência Brasil.

“Nós já tínhamos adquirido 4,3 mil ampolas do etanol farmacêutico para ter um estoque estratégico para os hospitais universitários federais espalhados pelo Brasil, que podem fornecer na medida que qualquer serviço do SUS solicite. Nós adquirimos mais 12 mil ampolas no laboratório nacional, chega na próxima semana reforçando esse estoque estratégico”, anunciou Padilha em entrevista em Teresina, onde cumpre agenda relacionada à expansão do serviços de atendimento digital no Sistema Único de Saúde (SUS).

O ministro também informou que a pasta fechou a compra de 2,5 mil ampolas fomepizol de um fornecedor do Japão, em uma articulação com a Organização Panamericana de Saúde (Opas). Os kits devem chegar na próxima semana e serão distribuídos aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica dos estados.

Fonte: Jornal da Paraíba.

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