Quais faculdades de Medicina aceitam transferência externa?

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Fala, meu amigo medaholic. Se você chegou aqui querendo saber quais faculdades de Medicina no Brasil aceitam transferência externa, você está no lugar certo. Siga a leitura até o final que a MEM Responde trouxe a resposta para você.

A pergunta que dá título a este post é bem frequentemente entre os estudantes de medicina e está cercada de mitos e inverdades que, muitas vezes, geram apreensão, incertezas e até mesmo a desistência do processo de transferência. Porém, eu vou te explicar alguns detalhes básicos para te ajudar nessa decisão.

Só quem não está satisfeito com a atual instituição entende os motivos que os levam a buscar a transferência, não é mesmo? E os motivos para se transferir de uma instituição para outra são variados, desde a concretização de estudar onde sempre sonhou, questões financeiras ou até mesmo a possibilidade de ampliação da rede de contatos visando a empregabilidade.

Seja qual for a razão, é muito importante refletir bastante sobre essa decisão, principalmente porque, de fato, a transferência pode ajudar o estudante que não está satisfeito a melhorar o seu desempenho acadêmico durante a graduação.

Faculdades de Medicina que aceitam transferência externa

Cada universidade tem o seu modelo de ingresso na modalidade externa, porém é preciso ficar atento aos pontos importantes, como editais e documentações necessárias.

A seguir eu compartilho alguns exemplos e neste link você encontra uma tabela completa.

UFPR – Universidade Federal do Paraná

O processo seletivo para estudantes externos na UFPR é chamado de PROVAR, Processo de Ocupação de Vagas Remanescentes.  A seleção é feita a partir de uma prova de conhecimentos específicos e análise de documentação.

O edital é publicado uma vez ao ano, normalmente em julho.

Para se candidatar a uma vaga, o estudante precisa estar matriculado ou com o curso trancado em outra instituição de ensino superior, mas o candidato não pode ter trancado o curso por mais de três anos, consecutivos ou não, na instituição de origem.

Ele também precisa ter cursado, no mínimo, 1210 horas e, no máximo, 2480 horas e ter concluído o primeiro ano.

A prova de transferência externa da UFPR é composta de 20 questões objetivas de conhecimentos específicos do curso. Não se preocupe, a universidade disponibiliza o programa com o conteúdo que será cobrado na prova.

Depois, os alunos classificados até o número de vagas existentes para o curso precisam entregar a documentação acadêmica necessária para comprovar que atende as condições estabelecidas pelo edital.

Isso inclui o histórico escolar e os programas das disciplinas e atividades cumpridas na instituição de origem.

Os candidatos provenientes de universidades estrangeiras precisam apresentar o histórico escolar com tradução juramentada e os programas das disciplinas com tradução simples.

Mas, se a sua universidade for da Bolívia, Chile, França, Portugal ou de países do Mercosul, não são necessárias as traduções.

Com base na documentação apresentada, será feita a análise das equivalências de disciplinas que vai determinar o enquadramento do aluno no semestre/ano adequado do curso na UFPR.

Uma vez definidas as equivalências, a universidade define o rol de disciplinas que deverão ser cursadas na UFPR e a estimativa do tempo mínimo necessário para conclusão das mesmas.

Conheça mais a Universidade Federal do Paraná.

UFU – Universidade Federal de Uberlândia

Na Universidade Federal de Uberlândia, o procedimento de transferência leva o nome de Processo Seletivo de Transferência Facultativa e é feito em duas etapas:

  • A primeira, de caráter classificatório, é constituída de prova objetiva e prova de redação;
  • A segunda, de caráter eliminatório, consiste na análise documental. O edital é publicado anualmente, normalmente em outubro.

Na UFU, exige-se que o candidato à transferência possua vínculo com o curso na instituição de origem, tenha concluído o primeiro ano com aprovação em todas as disciplinas e precise ainda cursar, no mínimo, um ano e meio para concluir o curso na UFU.

Ou seja, no caso do curso de Medicina, o aluno pode estar, no máximo, no 10º semestre no momento da transferência.

A prova objetiva é composta por 30 questões de múltipla escolha e aborda conteúdo da área pré-determinado.

Na prova de redação, são apresentadas duas situações como motivação para a produção do texto. O candidato deve escolher uma delas.

Nessa primeira etapa da seleção, são classificados os candidatos com as maiores pontuações em quantidade igual a cinco vezes o número de vagas ofertadas para o curso.

Os classificados deverão, então, apresentar a seguinte documentação:

  • Histórico escolar completo e atualizado;
  • Declaração de escolaridade, em português, da instituição de origem, comprovando o vínculo do aluno com a universidade, caso não conste do histórico;
  • Tradução oficial de todos os documentos exigidos, com visto da Embaixada do Brasil no país em que foram expedidos;
  • Quadro curricular do curso de origem; e critérios de avaliação, caso não conste do histórico escolar.

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UEM – Universidade Estadual de Maringá

O processo seletivo de transferência externa na Universidade Estadual de Maringá é realizado anualmente, com publicação do edital no início do ano.

O candidato às vagas ociosas da UEM precisa estar matriculado em outra universidade, ainda que a matrícula esteja trancada. É essencial também que o curso da instituição de origem seja reconhecido.

O processo na UEM é um dos mais exigentes em termos de documentação, já que a seleção se dá apenas através de uma análise documental que classifica os candidatos a partir de alguns requisitos prioritários.

Têm preferência na seleção:

  • Primeiro, alunos provenientes de instituições públicas;
  • Segundo, instituições privadas brasileiras;
  • Terceiro, instituições estrangeiras;

Ou seja, alunos oriundos de universidades estrangeiras só terão acesso às vagas se ainda restar alguma depois da alocação dos alunos de universidades brasileiras, sejam elas públicas ou privadas.

A partir dessa primeira classificação, é feita uma segunda, que leva em consideração:

  • A maior média aritmética das notas;
  • O menor número de disciplinas a cumprir para a adaptação curricular ao curso da UEM;
  • O menor número de reprovações na instituição de origem e a maior carga horária de atividades acadêmicas complementares reconhecidas pelo Conselho Acadêmico da UEM;

Para que toda essa análise documental seja feita, o candidato precisa:

  • Apresentar documentos pessoais, como cédula de identidade e certidão de nascimento/casamento;
  • Além do histórico escolar do Ensino Médio e do curso de graduação de origem, atualizado e com assinatura do responsável pela emissão.

O histórico deve conter as disciplinas cursadas na instituição de origem, com as respectivas notas, cargas horárias e situação final referente à aprovação e reprovação.

Também precisa conter a data e forma de realização do processo seletivo que originou o ingresso no curso e o ato, número e data do reconhecimento do curso.

E não acaba aí:

Exige-se ainda o conteúdo programático de todas as disciplinas cursadas na origem, a declaração original de que o candidato está regularmente matriculado ou com a matrícula trancada no período imediatamente anterior, além de documento em que conste o sistema de verificação do rendimento escolar e a tabela de conversão de conceitos em notas.

Conheça mais sobre a Universidade Estadual de Maringá

Agora que você já sabe quais faculdades de Medicina no Brasil aceitam transferência externa, que tal conhecer os mimos que o Melhores Escolas Médicas preparou para te ajudar em sua preparação? Clica aqui pra pegar o seu.

2 respostas

  1. boa noite. estou cursando o 10° semestre de medicina em Pedro Juan Caballero-PY, sou brasileira, e gostaria de saber se é possível tranferir meu curso para a universidade e concluir com o internato na universidade brasileira. aguardo retorno. grata Mirley Nogueira

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