Quem estudou Medicina em outro país, seja brasileiro ou estrangeiro, e deseja atuar no Brasil pode fazer o Revalida, um sistema de avaliação do Ministério da Educação, que valida o diploma para o exercício da profissão em todo o território nacional. Neste post, a MEM Responde explica quantas vezes no ano acontece o Revalida de Medicina e outros pontos fundamentais para entender o processo. Siga a leitura.
O Revalida foi criado em 2011 e desde então mais de 62 mil profissionais da Medicina já participaram do processo seletivo, mas o que chama atenção é o percentual médio de aprovação nestes ao longo das 10 edições que já foram realizadas da prova.
Um levantamento da Melhores Escolas Médicas (MEM) revela que, somente 18,7% dos candidatos conseguiram ser aprovados e, portanto, tiveram seus diplomas validados. Isso significa que apenas 2 em cada 10 médicos inscritos no revalida conseguem autorização para atuar na rede de saúde brasileira.
O Revalida existe para verificar se o médico formado fora tem qualificações equivalentes aos formados nas Escolas Médicas Brasileiras, para assim, assumir a profissão e cumpri-la devidamente, de acordo com a regulamentação dos órgãos competentes e as diretrizes da formação médica que são estabelecidas pelo Ministério da Educação.
Quantas vezes no ano acontece o Revalida?
O Revalida ocorre somente uma vez a cada ano, mas as provas são divididas em duas etapas. Mais adiante eu vou explicar como funciona o processo de avaliação do exame.
Porém, antes eu quero te mostrar mais alguns dados interessantes sobre a taxa de aprovação no Revalida. Se liga só:
Considerando as três últimas edições, portanto 2020, 2021 e 2022, é possível concluir que a taxa de aprovação na 2ª etapa traçou uma curva ascendente, alcançando quase metade dos inscritos. Por outro lado, a aprovação na 1ª fase da prova oscilou negativamente mesmo tendo registrado um salto em 2021,e na última edição ficou abaixo de 10%.
Os candidatos inscritos ausentes nos dias de prova foram considerados reprovados.
A grande maioria dos aprovados com diploma revalidado na última edição possuíam os seguintes países de origem: Brasil, Cuba, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Paraguai e Peru.
Como é feita a avaliação?
O processo avaliativo do Revalida é dividido em duas etapas eliminatórias que são aplicadas em momentos distintos: provas escritas e prova de habilidades clínicas. Segundo o INEP, o exame é fundamentado na demonstração de conhecimentos, habilidades e competências necessárias ao exercício da medicina.
A aprovação nas duas etapas, para o Ministério da Educação, é a comprovação da competência técnica (teórica e prática) do médico graduado para o exercício profissional.
As referências do exame são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional.
Quem pode fazer o Revalida?
Para obter a validação do diploma, que permite a atuação na rede de saúde brasileira, os profissionais formados em medicina em instituições de educação superior estrangeiras devem atender aos seguintes requisitos:
– Ser brasileiro(a) ou estrangeiro em situação legal de residência no Brasil;
– Enviar imagens do diploma (frente e verso), como solicitado pelo sistema de inscrição;
– Ter registro no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) emitido pela Receita Federal do Brasil;
– Ser portador de diploma médico expedido por instituição de ensino superior estrangeira, reconhecida no país de origem pelo seu ministério da educação ou órgão equivalente, autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo de Apostilamento da Haia, regulamentado pela Convenção de Apostila da Haia, tratado internacional promulgado pelo Brasil em 2016.
Anota essa obs importante: Para ter a inscrição confirmada no Revalida, é necessário somente o envio do diploma digitalizado, frente e verso, em formato PDF, PNG ou JPG, com tamanho máximo de 2 MB. Os demais documentos são entregues após a aprovação.
Isso porque, após a divulgação dos resultados finais da segunda etapa, o participante indicará em qual das universidades públicas que aderiram ao exame serão conduzidos os procedimentos de revalidação de seu diploma.
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