Uma pesquisa encomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) apontou que 96% dos brasileiros defendem a criação do exame de proficiência em medicina para médicos recém-formados. O levantamento, realizado pelo instituto Datafolha e divulgado nesta quarta-feira, 27, mostra que apenas 3% dos entrevistados consideram desnecessária a realização de um teste antes que os novos profissionais iniciem os atendimentos. Ao todo, foram ouvidas 10.524 pessoas em 254 municípios, com margem de erro de 1 ponto percentual, para mais ou para menos.
O Projeto de Lei nº 2294/2024, que já tramita em regime de urgência na Câmara, prevê a aplicação de uma prova obrigatória nos moldes do exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Essa avaliação teria como objetivo verificar individualmente as competências profissionais, os conhecimentos teóricos e as habilidades clínicas exigidas para a obtenção do registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs).
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O Projeto de Lei nº 2294/2024, que já tramita em regime de urgência, prevê a aplicação de uma prova obrigatória semelhante ao exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A avaliação individual verificaria as competências exigidas para a obtenção do registro profissional junto aos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs).
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, por sua vez, agendou para esta quarta-feira (27) uma audiência pública destinada a discutir a criação do exame de proficiência em medicina. A proposta também busca avaliar aspectos éticos do exercício da profissão, garantindo maior segurança à sociedade.
Diversas entidades médicas manifestaram apoio à medida, entre elas a Associação Paulista de Medicina (APM) e a Associação Médica Brasileira (AMB). O próprio CFM também defende a implementação da prova, ressaltando que a iniciativa responde ao crescimento expressivo do número de cursos de medicina no país. Para se ter uma ideia, em 2010 existiam 181 faculdades, número que saltou para 401 em 2023.
A pesquisa também revelou que Goiás é o estado onde a população mais apoia a criação do exame, chegando a 98% de aprovação. Já no Acre, esse percentual é menor, embora ainda elevado, atingindo 92%.
Outro dado relevante do levantamento aponta que, para 92% dos entrevistados, a realização da prova aumentaria a confiança no atendimento médico. Por outro lado, 4% afirmam que haveria redução dessa confiança, 3% não percebem diferença e 1% preferiu não opinar.
Em consulta anterior promovida pelo CFM, divulgada em abril, 90% dos médicos também se declararam favoráveis à criação da prova obrigatória para o exercício da profissão.
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