Se você está aqui, é porque ou você ou alguém próximo tem aquele sonho de cursar medicina e se tornar médico aqui no Brasil. Mas no fim das contas, esse sonho acaba sendo um projeto de vida para poucos, os que não conseguem vencer a ampla concorrência, acabam precisando investir muito alto para realizar esse sonho, sem pensar em uma transferência externa em Medicina.
De modo geral, algumas famílias chegam a gastar mais ou menos meio milhão durante os seis anos de curso. Pensando em todo esse gasto, uma boa parcela dos brasileiros acharam uma nova solução, a emigração em busca do diploma em medicina.
Alguns dos países com maior índice de brasileiros que fizeram transferência externa em medicina são, Argentina, Paraguai e Bolívia.
Facilidade no ingresso
Em suma, as universidades de países próximos têm facilitado ainda mais suas normas para que o aluno ingresse sem a realização de vestibular e custos significativamente menores, justamente os fatores que mais dificultam o acesso às instituições brasileiras.
O after que ninguém te conta
No entanto, ao final dessa jornada fora do Brasil, os diplomados não têm como escapar do Revalida, exame nacional de revalidação de diplomas médicos expedidos em outros países.
A taxa média de aprovação no exame ao longo das sete edições já realizadas não chega a 20% dos inscritos e isso assusta muita gente.
Por esse e outros motivos – emocionais, financeiros, familiares – parte dos jovens que iniciam a graduação no exterior acabam transferindo seus estudos para o Brasil antes de concluírem o curso.
Assim, eles se beneficiam tanto do ingresso facilitado nas universidades estrangeiras quanto do diploma expedido por uma universidade brasileira, que não precisa ser revalidado.
Atualmente, há mais de 100 instituições brasileiras, entre públicas e privadas, que aceitam transferência externa em medicina provenientes de instituições estrangeiras.
Elas estão distribuídas por todo o território nacional, então, certamente você encontrará uma na região de sua preferência.
Valores de mensalidades das escolas médicas
E claro que pare te ajudar a ter uma ideia de como você pode realizar esse processo, trouxemos aqui algumas universidades que iremos especificar como essa questão de transferência externa em medicina funciona.
UFPR – Universidade Federal do Paraná
O processo seletivo para estudantes externos na UFPR é chamado de PROVAR, Processo de Ocupação de Vagas Remanescentes. A seleção é feita a partir de uma prova de conhecimentos específicos e análise de documentação.
O edital é publicado uma vez ao ano, normalmente em julho.
Para se candidatar a uma vaga, o estudante precisa estar matriculado ou com o curso trancado em outra instituição de ensino superior, mas o candidato não pode ter trancado o curso por mais de três anos, consecutivos ou não, na instituição de origem.
Ele também precisa ter cursado, no mínimo, 1210 horas e, no máximo, 2480 horas e ter concluído o primeiro ano.
A prova de transferência externa da UFPR é composta de 20 questões objetivas de conhecimentos específicos do curso. Não se preocupe, a universidade disponibiliza o programa com o conteúdo que será cobrado na prova.
Depois, os alunos classificados até o número de vagas existentes para o curso precisam entregar a documentação acadêmica necessária para comprovar que atende as condições estabelecidas pelo edital.
Isso inclui o histórico escolar e os programas das disciplinas e atividades cumpridas na instituição de origem.
Os candidatos provenientes de universidades estrangeiras precisam apresentar o histórico escolar com tradução juramentada e os programas das disciplinas com tradução simples.
Mas, se a sua universidade for da Bolívia, Chile, França, Portugal ou de países do Mercosul, não são necessárias as traduções.
Com base na documentação apresentada, será feita a análise das equivalências de disciplinas que vai determinar o enquadramento do aluno no semestre/ano adequado do curso na UFPR.
Uma vez definidas as equivalências, a universidade define o rol de disciplinas que deverão ser cursadas na UFPR e a estimativa do tempo mínimo necessário para conclusão das mesmas.
Conheça mais a Universidade Federal do Paraná.
UFU – Universidade Federal de Uberlândia
Na Universidade Federal de Uberlândia, o procedimento de transferência leva o nome de Processo Seletivo de Transferência Facultativa e é feito em duas etapas:
- A primeira, de caráter classificatório, é constituída de prova objetiva e prova de redação;
- A segunda, de caráter eliminatório, consiste na análise documental. O edital é publicado anualmente, normalmente em outubro.
Na UFU, exige-se que o candidato à transferência possua vínculo com o curso na instituição de origem, tenha concluído o primeiro ano com aprovação em todas as disciplinas e precise ainda cursar, no mínimo, um ano e meio para concluir o curso na UFU.
Ou seja, no caso do curso de Medicina, o aluno pode estar, no máximo, no 10º semestre no momento da transferência.
A prova objetiva é composta por 30 questões de múltipla escolha e aborda conteúdo da área pré-determinado.
Na prova de redação, são apresentadas duas situações como motivação para a produção do texto. O candidato deve escolher uma delas.
Nessa primeira etapa da seleção, são classificados os candidatos com as maiores pontuações em quantidade igual a cinco vezes o número de vagas ofertadas para o curso.
Os classificados deverão, então, apresentar a seguinte documentação:
- Histórico escolar completo e atualizado;
- Declaração de escolaridade, em português, da instituição de origem, comprovando o vínculo do aluno com a universidade, caso não conste do histórico;
- Tradução oficial de todos os documentos exigidos, com visto da Embaixada do Brasil no país em que foram expedidos;
- Quadro curricular do curso de origem; e critérios de avaliação, caso não conste do histórico escolar.
Próximos vestibulares de medicina no Brasil
UEM – Universidade Estadual de Maringá
O processo seletivo de transferência externa na Universidade Estadual de Maringá é realizado anualmente, com publicação do edital no início do ano.
O candidato às vagas ociosas da UEM precisa estar matriculado em outra universidade, ainda que a matrícula esteja trancada. É essencial também que o curso da instituição de origem seja reconhecido.
O processo na UEM é um dos mais exigentes em termos de documentação, já que a seleção se dá apenas através de uma análise documental que classifica os candidatos a partir de alguns requisitos prioritários.
Têm preferência na seleção:
- Primeiro, alunos provenientes de instituições públicas;
- Segundo, instituições privadas brasileiras;
- Terceiro, instituições estrangeiras;
Ou seja, alunos oriundos de universidades estrangeiras só terão acesso às vagas se ainda restar alguma depois da alocação dos alunos de universidades brasileiras, sejam elas públicas ou privadas.
A partir dessa primeira classificação, é feita uma segunda, que leva em consideração:
- A maior média aritmética das notas;
- O menor número de disciplinas a cumprir para a adaptação curricular ao curso da UEM;
- O menor número de reprovações na instituição de origem e a maior carga horária de atividades acadêmicas complementares reconhecidas pelo Conselho Acadêmico da UEM;
Para que toda essa análise documental seja feita, o candidato precisa:
- Apresentar documentos pessoais, como cédula de identidade e certidão de nascimento/casamento;
- Além do histórico escolar do Ensino Médio e do curso de graduação de origem, atualizado e com assinatura do responsável pela emissão.
O histórico deve conter as disciplinas cursadas na instituição de origem, com as respectivas notas, cargas horárias e situação final referente à aprovação e reprovação.
Também precisa conter a data e forma de realização do processo seletivo que originou o ingresso no curso e o ato, número e data do reconhecimento do curso.
E não acaba aí:
Exige-se ainda o conteúdo programático de todas as disciplinas cursadas na origem, a declaração original de que o candidato está regularmente matriculado ou com a matrícula trancada no período imediatamente anterior, além de documento em que conste o sistema de verificação do rendimento escolar e a tabela de conversão de conceitos em notas.
Conheça mais sobre a Universidade Estadual de Maringá
Por fim, dá para perceber que antes de qualquer coisa, o seu primeiro passo, precisa ser a pesquisa e a busca pelas universidades que aceitam transferências de alunos matriculados em instituições estrangeiras.
Busque também pelos editais anteriores e verifique as condições de cada um.
Esteja sempre atento nas noticias e claro no nosso portal, para entender cada vez mais sobre tudo o que você precisa saber na sua jornada em medicina.
11 respostas
estudante de medicina do Paraguai e quer transferir para o Brasil
ENTRE EM CONTATO 21977141253
Ola, faltou explicar sobre as faculdades que usam o enem como metodo de seleçao de estrangeiros
Olá, gostaria de saber mais sobre transferência de faculdade, no meu caso sou brasileira e por má adaptação busco transferência de faculdade de Buenos Aires Argentina para qualquer estado brasileiro. Vcs trabalham para o regresso? meu contato Aliny 11.9.87070594
TEMOS SIM!
21977141253
Boa noite! Adorei a matéria. Estudo da Universidade de Buenos Aires e gostaria de saber por gentileza se você sabe se a UBA tem esse processo de transferência ou sabe alguém que poderia me ajudar nesse processo?
Olá gostaria de saber se alguma pública aceita transferência da particular de Medicina em São Paulo
ENTRE EM CONTATO 21977141253
Olá, gostei muito da matéria. Milha filha está no primeiro ano na faculdade Barcelo Argentina Buenos Aires. Na verdade lá existe o Pré Grado e aqui não. Queria saber se nesse momento alguma faculdade Brasileira aceita Brasileiro pra fazer transferência externas, sendo que está no pré grado?? Desde de já agradeço a atenção. Att. Karyna
Ola Karyna, ficamos felizes que gostou da matéria. Você pode conferir uma lista com as universidades que aceitam transferência externa aqui: https://melhoresescolasmedicas.com/blog/faculdades-que-aceitam-transferencia-externa-em-medicina/
Espero ter ajudado 🙂
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