O aluno que quer medicina, com certeza já deve ter pesquisado sobre as melhores escolas médicas na sua região. Essa busca precisa ser feita minuciosamente, tudo para entender o contexto atual da medicina brasileira. Mas antes de tudo, já parou para olhar o panorama geral dessas escolas médicas? Quantas delas existem no Brasil?
Está comprovado que o número de faculdades de medicina tem crescido de forma considerável no Brasil. Ao olhar o ranking, quem ocupa a primeira posição nesse posto é a Índia, com 400 faculdades em média. Lembrando que o país do sul da Ásia tem uma população seis vezes maior do que a do Brasil.
O Brasil ocupa a segunda posição no ranking, com 355 faculdades de medicina. Mais da metade dessas unidades foram abertas nos últimos dez anos.
Em quarto lugar fica a China, com 158 faculdades para mais de 1.3 bilhões de habitantes.
Em 1997, o Brasil tinha 85 escolas médicas. Em pouco mais de 20 anos, mais do que quadruplicamos esse número, graças à explosão das escolas particulares, que hoje correspondem a mais de 60% do total.
Por que esse número é tão grande?
Podemos citar várias explicações, no entanto uma é bem evidente: é um negócio de muita rentabilidade.
O custo mensal de um curso de medicina varia de R$5 mil a R$16 mil, por aluno. Esse custo é justificado por toda a estrutura necessária para a boa formação do estudante de graduação em medicina.
Estima-se que as faculdades de medicina do Brasil movimentem aproximadamente 9 bilhões de reais por ano. Outra explicação para o aumento significativo de cursos de medicina é a grande demanda por parte dos estudantes.
Além de ser uma profissão historicamente valorizada socialmente, a taxa de empregabilidade é alta.
Em um cenário com elevados números de desemprego, como o que vem sendo enfrentado no país, a garantia de assegurar uma vaga no mercado de trabalho é um atrativo que pesa na hora da escolha da profissão. Apesar da explosão do número de faculdades de medicina, o Brasil ainda tem carência de médicos.
De acordo com um estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM), o país tem 10 médicos saídos da graduação para cada 100 mil habitantes. Esse número é maior do que o de países como Estados Unidos (7,8) e Canadá (7,7).
Contudo, quase um terço dos médicos brasileiros estão na região sudeste, mais precisamente em São Paulo. Isso faz com que as outras regiões do país, notadamente o norte e o nordeste, ainda careçam de profissionais.
Há ainda uma desigualdade entre as especialidades. Os profissionais acabam migrando para outras áreas da medicina fazendo com que certas especialidades, como a geriatria, não tenham médicos suficientes.
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E a quantidade de vagas em escolas médicas?
O MEC chegou a publicar a Portaria nº 343/2022, no último mês de maio, que permitia a expansão de vagas em todo o país. Entretanto, a revogação veio dias depois, em resposta à mobilização do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Frente Parlamentar de Medicina (FPMed). Por meio de outra portaria, a de nº 328/2018, o lançamento de editais para novos cursos de Medicina segue proibido até 2023.
Para o ministro do Superior Tribunal Militar e conselheiro do Conselho Nacional de Educação, José Barroso Filho, a ampliação do número de vagas e da autorização de novos cursos de Medicina é urgente e necessária. “As faculdades de Medicina de âmbito público cumprem bem o seu papel, mas o sistema público de formação não consegue prover as necessidades do sistema de saúde”, afirma.
No âmbito privado
Segundo Barroso, o setor privado também não conseguiria suprir essa demanda de forma adequada atualmente. “Há instituições oferecendo quantidade limitada de vagas, que cobram mensalidades altíssimas e, sobretudo, não atendem às necessidades de formação e alocação de profissionais de saúde em um país tão complexo e desigual como o Brasil”, justifica.
O estudo Radiografia das Escolas Médicas Brasileiras, publicado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em 2021, aponta que 92% das instituições com vagas de Medicina não atendem a todos os parâmetros ideais para o funcionamento.
Grupos educacionais têm brigado na Justiça pelo direito de ofertar novos cursos e vagas. São, pelo menos, 180 ações judiciais, segundo levantamento da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup).
No bojo das discussões, estão o discurso da necessária ampliação da oferta e a defesa da garantia da qualidade na formação de novos profissionais.
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O artigo 209 da Constituição Federal diz:
O ensino é livre à iniciativa privada, desde que atendidas as seguintes condições: Cumprimento das normas gerais da educação nacional e autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.
“Logo, o caminho adotado hoje é inconstitucional na medida em que impõe um monopólio para grandes grupos educacionais”, analisa o advogado Eduardo Malheiros, especialista em direito educacional.
Para ele, uma oferta maior permite ao aluno escolher o curso que tem os melhores conceitos junto ao MEC. “Ou seja, a concorrência é que gera a condição de melhora da qualidade dos cursos, equiparação dos preços e um tratamento melhor ao estudante”, diz.
Reflexo na sociedade
Enquanto as entidades médicas apontam o risco de precarização das condições da formação e as instituições ligadas ao ensino superior reclamam do engessamento do processo para expansão, a população brasileira sofre com a falta de médicos especialistas, sobretudo, quem vive distante dos grandes centros urbanos.
“A Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS) não define um número desejável de médicos por habitante nem recomenda um único parâmetro ou meta nacional.
O Brasil, com magnitude continental, apresentava em 2020 o número de 2,38 profissionais por grupo de mil habitantes, ao passo que em países sem a extensão e complexidade territorial do Brasil, como Chile e Argentina, essa proporção é de 2,5 e 3,2 médicos para cada mil habitantes, respectivamente”, compara José Barroso Filho.
Além da Atenção Primária, parte considerável do déficit de médicos no Brasil se concentra entre as especialidades.
Uma projeção do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) aponta uma carência de ao menos 20 mil médicos pediatras no país.
Qual escola médica é a ideal?
A Universidade de Vassouras é referência quando falamos da relação investimento x benefício, com uma das maiores estruturas físicas e organizacionais do Sudeste, a UniVassouras possui nota 4 no MEC para o curso de medicina, sendo a melhor do Rio de Janeiro. Você pode fazer parte desse mundo ideal para quem quer medicina, é só se inscrever no vestibular de Vassouras!