Brasil Colônia: o que preciso saber?

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Esse assunto de História sempre chama a nossa atenção, afinal, quem não gosta de estudar as origens do próprio país, né? Apesar de ser uma história bastante triste, ela é essencial para entendermos várias características brasileiras, principalmente questões econômicas e sociais. Lhes apresento: o Brasil Colônia!

 

Período  histórico do Brasil Colônia

 

O Brasil Colônia aconteceu desde 1530, com a missão “exploradora” do colonizador português Martim Afonso de Souza e se estendeu até 1815. No início da década de 1530, começou-se o estabelecimento de uma estrutura econômica um pouco mais sofisticada, com o primeiro governador geral do Brasil: Tomé de Souza. Foi aqui que surgiram os engenhos de açúcar e o sistema de plantation, bem como o emprego da mão de obra escrava, inicialmente indígena e, posteriormente, negra (africana).


 

 

 

Engenhos e plantation

 

No ano de 1533, Martim Afonso de Sousa trouxe as primeiras mudas de cana-de-açúcar para nossas terras e iniciou a disseminação da primeira atividade econômica do Brasil. A plantação tava ok, o clima era favorável e o solo, fértil, mas e para transformar em açúcar?

 

E que venham os engenhos! Os chamados engenhos de açúcar eram compostos por diferentes instalações: uma moenda, uma casa das caldeiras e das fornalhas e a casa de purgar.

 

Estrutura dos engenhos do Brasil Colônia

 

  • Canavial: onde a cana de açúcar era cultivada;
  • Moenda: local para moer a planta e extrair o caldo. A moenda funcionava movida por tração animal, água (moinho) ou ainda a força humana dos próprios escravizados.
  • Casa das Caldeiras: espaço usado para ferver o caldo da cana de açúcar em buracos cavados no solo. O resultado, um líquido espesso, era então fervido em tachos de cobre.
  • Casa das Fornalhas: uma espécie de cozinha que abrigava grandes fornos que aqueciam o produto e o transformavam em melaço de cana.
  • Casa de Purgar: ali ficavam as formas com o caldo cristalizado, chamados pão de açúcar. Após seis a oito dias eram retirados dos moldes, refinados e prontos para serem comercializados.
  • Plantações: Além dos canaviais, havia as plantações de subsistência (hortas), em que eram cultivados frutas, verduras e legumes destinados à alimentação dos moradores do engenho.
  • Casa Grande: representava o centro do poder dos engenhos, sendo o local onde habitavam o proprietário da terra e sua família. Apesar do nome imponente, nem todas as casas eram grandes.
  • Senzala: locais que abrigavam as pessoas escravizadas e onde não havia nenhum tipo de conforto e dormiam no chão de terra batida. Durante a noite eram acorrentados para evitar fugas
  • Capela: construção feita para celebrar os ritos religiosos dos habitantes do engenho, sobretudo, dos portugueses. Ali ocorriam as missas e as principais manifestações católicas como o batismo, casamentos, novenas, etc. Vale lembrar que os escravizados muitas vezes eram obrigados a participarem dos cultos.
  • Casas de Trabalhadores Livres: pequenas e simples habitações onde viviam os trabalhadores livres do engenho. Geralmente eram empregados especializados como carpinteiros, mestre de açúcar, etc.
  • Curral: abrigava os animais usados nos engenhos, seja para o transporte (produtos e pessoas), nas moendas de tração animal ou para alimentação da população.

 

Já o plantation foi um sistema de exploração colonial utilizado entre os séculos XV e XIX. Ele consiste em 4 características principais: grandes latifúndios, monocultura, trabalho escravo e exportação para a metrópole. A monocultura (cultura de um produto só) era realizada nos grandes latifúndios. No nosso caso, foi a cana-de-açúcar, como vimos agora há pouco. Assim, o plantation proporcionava o chamado comércio triangular, em que os produtos tropicais eram vendidos na Europa em troca de tecidos, armas e álcool, que, por sua vez, eram oferecidos aos mercadores africanos em troca de escravos.

 

Sabia que a forma mais recomendada de se estudar História é com o método progressivo? Confira nosso vídeo de como estudar por ele clicando aqui.

 

As expedições no Brasil Colônia

 

Para capturar os indígenas, os bandeirantes realizavam expedições território adentro, além de buscarem metais preciosos e ampliarem o território. Além disso, foi a partir dessas expedições que a capital foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, pois houve êxito na mineração em Minas Gerais e o Rio de Janeiro é mais próximo de Minas em comparação a Salvador. Essas expedições aconteceram no século XVIII e existem 2 tipos: as entradas e as bandeiras.

 

  • as entradas foram financiadas pela Coroa portuguesa e tiveram como ponto de partida o litoral;
  • as bandeiras foram expedições particulares saídas de São Paulo.

Os exemplos de entradas são:

  • Em 1554, portugueses, índios aliados e padres jesuítas organizaram uma expedição que resultou na formação da vila São Paulo de Piratininga.
  • Em 1518, o capitão Belchior Dias Moreira chefiou a entrada que seguiu para Sergipe em busca de metais preciosos, porém sem sucesso.

 

Tipos de bandeiras

 

  • Bandeiras de apresamento: adentraram no sertão para aprisionar índios e levarem-nos para São Paulo para trabalharem como escravos.
  • Bandeiras de prospecção: buscaram encontrar e explorar metais preciosos.
  • Bandeiras de contrato: perseguiram aos escravos fugidos e destruíram seus quilombos.

 

 

Uau, com toda essa história, fica difícil não querer saber mais, né?

Então fica por aqui que estamos sempre postando conteúdos didáticos para te ajudar na sua jornada médica!

 

 

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