Como estudar medicina no exterior?

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O curso de Medicina, além de ser um dos mais disputados do país, é um dos mais caros. Se em universidade pública o desafio é vencer a enorme concorrência, nas universidades privadas a mensalidade, muitas vezes, não cabe no orçamento. Uma alternativa para muitos estudantes que sonham com a graduação é estudar medicina no exterior.

É possível encontrar universidades com mensalidades mais baratas e até de acesso gratuito em vários países. Claro que isso depende muito da região. As universidades europeias e americanas são as melhores do mundo. Mas, há países na América Latina que atraem milhares de estudantes brasileiros pela possibilidade de acesso mais fácil e possuem universidades de referência. 

Se você tem esse espírito aventureiro e quer estudar Medicina no exterior, nós te damos algumas dicas!  

O que você vai ler neste artigo:

  • Como se planejar para estudar no exterior
  • Os processos seletivos são iguais em todos os países?
  • Quanto vou gastar para estudar Medicina no exterior?
  • O que é o Revalida?

Como se planejar para estudar medicina no exterior

Se para curtir uma viagem o planejamento é fundamental, imagina fazer um curso de, pelo menos, seis anos em outro país? Tudo começa com a escolha da universidade e do país. Isso deve ser considerado não apenas pela questão financeira, mas a fluência no idioma. 

Até porque algumas universidade fazem teste de fluência. Por isso, ao tomar uma importante decisão como essa, é fundamental se preparar algum tempo antes com aulas do idioma do país escolhido. Lembrando que o inglês é lido e falado nas melhores universidades do mundo.

O planejamento financeiro é importantíssimo porque o gasto não é apenas com a mensalidade, quando tiver, mas com moradia, alimentação, transporte, material didático etc. 

Conhecer bem a moeda local e fazer as conversões para a moeda brasileira dá uma boa estimativa de custos. 

Muitos brasileiros optam por universidades em países vizinhos como Argentina, Bolívia e Paraguai porque as mensalidades são geralmente mais baratas do que no Brasil e o custo de vida também é mais acessível. 

Se você optar por universidades americanas ou europeias, aí o custo fica muito mais alto e o processo de entrada é mais difícil e concorrido. Grande parte das universidades americanas, por exemplo, oferecem pós-graduação na área médica e não necessariamente a graduação. 

Os processos seletivos são iguais em todos os países?

Não! E pode mudar muito. Cada universidade tem um modo próprio de ingresso. É preciso ficar bastante atento a todo o processo. 

Algumas universidades latino americanas não têm vestibular, outras têm um Ciclo Básico Comum (CBC) de estudos para todos os cursos de graduação, incluindo Medicina. O CBC pode ser encontrado em universidades na Argentina que, por sinal, têm algumas das melhores escolas médicas sul americanas como a Universidade de Buenos Aires (UBA), a Universidade Nacional de Rosário e o Instituto Universitário do Hospital Italiano.

Na Espanha, por exemplo, seu rendimento escolar pode ser o passaporte para o curso de Medicina. As universidades públicas espanholas consideram duas notas somadas na seleção dos estudantes: a nota no teste de aprovação, chamado Selectividad, muito parecido com o vestibular do Brasil; e a média atingida durante o ensino médio.

Quanto vou gastar para estudar Medicina no exterior?

Isso vai depender muito do país escolhido. Estudantes brasileiros optam mais por países cujo custo de vida é mais baixo e a moeda brasileira é valorizada. Países como Argentina, Bolívia e Paraguai atraem muitos estudantes porque até as universidades particulares são, geralmente, mais baratas do que no Brasil. 

Um exemplo é o Paraguai. Os custos iniciais de uma graduação em Medicina ficam em torno de R$ 900. 

Se você optar em fazer sua formação nos Estados Unidos, além de passar por um processo de seleção muito competitivo, deve desembolsar até 250 mil dólares. Já em Portugal as regras são outras. 

O aluno tem que ser residente no país há, pelo menos, seis meses e a quantidade de vagas é bem reduzida (cerca de 1500 vagas por ano) e os custos anuais variam de 1.500 a 7.000 euros. 

O que é o Revalida?

Não basta fazer a graduação no exterior para exercer a Medicina no Brasil. Todos os médicos que obtiveram o diploma é um país estrangeiro devem fazer o Revalida  para exercer a profissão. O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), é feito pelo Ministério da Educação e as provas abordam conteúdos, competências, habilidades e nível de desempenho, descritos na matriz curricular.

Quem não é aprovado no Revalida não pode exercer a medicina. Por isso, é fundamental que a escolha da universidade no exterior seja de qualidade e reconhecida pelo Ministério da Educação do país de origem.

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